sábado, 27 de fevereiro de 2010

Como o Maradona consegue??




Hoje de manhã, quebrei minha rotina de acordar e imediatamente abrir meu e-mail e resolvi ligar a televisão. Sorte a minha ela estar sintonizada na ESPN, que transmitia Chelsea x Manchester City. Resolvi assistir o jogo porque há tempos não acompanho o futebol europeu diretamente. Gabo-me ao dizer que "escolhi" um bom jogo pra voltar a ver. 4 a 2 para os visitantes e a quebra de um tabu de 17 anos.

Mas a partida não é meu foco hoje, por mais que tenha sido sensacional e histórica, daquelas que merecem no mínimo um comentário nas rodinhas de final de semana. Seu protagonista Carlitos Tévez, figura bem conhecida por nós brasileiros, destruiu os donos da casa fazendo dois gols e dando passe para um. O que é interessante de se notar é que Tévez transformou um esquema covarde buscador de empate em uma quase goleada. Mas o que é incrível é sua incapacidade de fazer isso na sua seleção.

A Seleção Argentina deveria estar com tudo para esta Copa, mas não está. Numa geração de raros jogadores com o poder de desequilibrar um jogo - inclusive, a única geração que o Brasil não tem jogadores deste porte - ,o ataque argentino é composto por Tévez e Messi. E mesmo assim consegue fazer a campanha pífia que fez nas eliminatórias. Se um jogador não rende na seleção aquilo que é capaz, a culpa é dele. Se vários não rendem, a culpa é do técnico. É claro que é pública e notória a incapacidade de Maradona de guiar uma seleção do porte da Argentina, mas o que a AFA pode fazer? Trata-se do Deus Argentino e não deixá-lo fazer o que quer por lá é heresia.

Talvez a esperança dos nossos rivais de fronteira seja justamente a nossa reviravolta em 2002, onde o cenário era bem parecido com o deles este ano. A diferença é que no nosso banco tinha o Felipão...


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A estréia na Libertadores




Estreamos com vitória na Libertadores! Um jogo de números muito curiosos, porque não refletiram a realidade da partida. Digo isso porque os três fatos que chamaram mais atenção na partida dizem exatamente o oposto do que ocorreu ontem no Maracanã.

O primeiro fato foi a expulsão precoce de Willians, que indicava o início de uma partida violenta, ainda mais se levarmos em conta que a Universidad Católica também teve um jogador expulso. Pelo contrário, a partida foi boa em qualidade técnica e pouco violenta, por um lado pela atitude dos próprios jogadores, por outro pela excelente partida que o paraguaio Amarilla apitou com mão de ferro, algo que me anima em haver uma boa arbitragem para a Copa da África. Destaque para a excelente partida Léo Moura, acima da média nos quesitos marcação e armação, características fundamentais para um lateral de ponta. E o que o garoto Vinícius Pacheco está jogando! Sua regularidade no time em breve o fará um jogador fundamental do Mengão. Adriano, apagado no primeiro tempo por estar marcado por três homens, mostrou eficiência assim que a marcação teve de afrouxar, já que o Universidad, com 10 em campo e precisando fazer um gol não tinha outra opção. E ainda Vagner Love, que comentarei com detalhes posteriormente. Do lado chileno, cito Mirosevic (que apesar do nome é chileno mesmo, mas de origem croata), que se destacou positivamente apesar da expulsão justa ao meu ver, devido a uma pisada na barriga do Rubro-Negro Toró.

O segundo fato diz respeito a atuação de nossa defesa, escalada com outros nomes ontem e que finalmente não levou gols. Diferente do que se pode imaginar, a mudança da defesa e o placar do jogo não estão relacionados. A ausência de um primeiro volante de origem ainda é nosso maior problema e a posse de bola do Universidad Católica no meio-campo ilustra bem isso. A equipe chilena teve total liberdade para trabalhar a bola neste setor e só não fez gols porque errou na mira. Deixo claro que isso não anula a boa partida que fez nosso goleirão reserva Marcelo Lomba, digna da camisa 12 do torcedor que terá o prazer de usar na competição. Marcelo foi muito bem nas bolas e teria defendido a maioria delas se fosse necessário. Juan está voltando a fazer boas partidas, pelo menos boas o suficiente para nosso lado esquerdo não ser mais uma avenida, apesar de estar longe do ideal. Mas só paro de criticá-lo quando ele vancer seu ponto fraco desde que voltou de lesão: o medo. Ano passado, o lateral-esquerdo temia cruzar para a área - fato este bem ilustrado por sua atuação no Flamengo x Grêmio do Hexa. Aparentemente passou desta fase, mas agora teme arriscar o chute para o gol. Aos poucos ele começa a reconquistar a confiança. Quanto aos zagueiros, atuaram sem problemas e impediram chutes perigosos dentro da área com uma boa marcação. Finalmente, a defesa seria ainda mais ineficiente se não fosse Vagner Love.

O próprio Love é o protagonista do terceiro fato. Desde o Flamengo x Botafogo, há criticas a respeito dos gols que perdeu e ontem isso se agravou por causa de um pênalti perdido. Claro que há uma falha naquilo que se espera dele e isto deve ser corrigido, mas cá entre nós, sua raça tem sido louvável, além de extremamente necessária ao Mengão, que já está se acostumando a jogar com um a menos em campo. O artilheiro do amor sempre volta para apoiar a marcação quando necessário e faz isso bem, ocasionalmente iniciando rápidas jogadas de contra-ataque iniciada por dribles de qualidade.

Concluindo, acho que o Flamengo jogou bem, mas ainda falta a atitude de campeão. Precisa ajeitar pequenos erros que vem sendo críticos para o resuldado do time.

Ah, é claro, parabéns a Léo Moura pela atuação impecável!

Cara nova no Blog

A partir de hoje, contamos com um tricolor no nosso blog. Renan, seja bem-vindo!

Sou um senhor de idade avançada, mais que centenário. Ainda assim consigo mexer freqüentemente com milhões de pessoas, despertando paixão, amor, raiva, inveja, entre outros sentimentos das mais variadas formas. Sou capaz de levar essas pessoas do êxtase à depressão profunda e reciprocamente, às vezes em um curto espaço de tempo. Tenho na essência uma picardia que só pode ser compreendida por meus seguidores. Vivo e existo para eles, e não para a maioria. Vários deles já se foram, outros virão. Todos passam, tudo passa, menos eu. Foi o que sentenciou um dos meus mais ilustres fãs.Tenho o dom de atravessar o coro dos contentes, de contrariar o que tenha a pretensão de ser unânime.

Sou o contraponto da "verdade" da massa, sem ser mentira. Quem me ama sabe. Por isso, ao longo de minha existência sofri de várias mazelas de gente que me queria mal. Na minha juventude, sofri uma gravíssima acusação de racismo, inverídica e oportunista, mas me reinventei e criei uma marca até hoje conhecida. Minha picardia volta e meia zomba da lógica e da objetividade. Prova disso é que na minha nona década de vida estive à beira da aniquilação. Fui perseguido e humilhado, assim como meus fiéis e incansáveis seguidores. Aos poucos ressurgimos, deixando claro aos nossos rivais que estávamos de volta, devagar, mas em busca do espaço que nos é de direito, encantando milhões, com a esperança de ser o que um dia já fomos.

Para quem não entende e insiste em não me reconhecer, muito prazer, eu sou o Fluminense. Vamos brincar neste blog.






sábado, 20 de fevereiro de 2010

FC em clima de Copa!




A partir de hoje, o Futebol e Conversa começa a respirar a Copa do Mundo de 2010!

Começaremos uma análise de todas as seleções da Copa do Mundo, baseando-se em suas prováveis escalações, além do Bolão FC, cuja participação será mediante convite (caso queira participar, envie um e-mail para rrezende88@gmail.com).

Amanhã, pacotão triplo, falando sobre a favorita Espanha, a controversa França e, é claro, a nossa Seleção Brasileira!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Futebol e Pergunta n3

Bem, lá vamos nós à terceira edição do quiz

1) Qual foi a primeira copa do mundo para o qual o Brasil disputou eliminatórias?


2) Quantos e quais times russos de fora de Moscou já foram campeões nacionais?

3) Qual a última vez que um time de fora do quarteto Botafogo-Flamengo-Fluminense-Vasco foi campeão carioca?

4) Além de Boca Juniors, por qual outro clube internacional jogou Heleno de Freitas?

5) River Plate de Assunção, Buenos Aires e Montevidéu, qual o mais antigo e qual o mais novo?

6) De qual clube é este distintivo?
 

Dica: é um dos maiores campeões nacionais da Europa
7) Que estádio é esse?
 

Dica: Tem nome de um campeão mundial (Fácil)
8) Quem é o sujeito da foto?
 
Dica: É um dos maiores artilheiros desse clube cujo uniforme está usando

9) Que time é esse? Não precisa apontar os jogadores, apenas a equipe e sua importância histórica



Dica: foi a principal campanha internacional desta equipe.

10) Que jogo foi esse?


Dica  Muito fácil, já foi até final de copa do Mundo

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Futebol e Resposta n 2

Aqui vão as respostas da segunda edição do quiz

1) Em 1987 o Brasil enfrentou o Chile em duas partidas. Na primeira, em julho, perdeu de 4x0 num jogo válido pela Copa América na Argentina. O jogo que seria "a revanche" aconteceu no dia 9/12 e o Brasil venceu por 2x1, mas um outro fato marcou esta partida, qual?

A seleção Brasileira utilizou uma camisa com patrocínio da Coca-Cola.  

2) O que representam as oito estrelas do escudo do Vasco da Gama?

As oito estrelas representam as conquistas do Campeonato Invicto de Terra-e-Mar de 1945, dos dois Campeonatos Sul-Americanos em 1948 e 1998, da Mercosul de 2000 e dos quatro Campeonatos Brasileiros em 1974, 1989, 1997 e 2000.

3) Boca e Flamengo são dois exemplos de clubes que mudaram suas cores ao longo do tempo, quais são as cores originais de ambos?

O Boca era Alvinegro e o Flamengo usava azul e amarelo.

4) Qual a primeira final de Liga dos Campeões da UEFA (ou de copa dos campeões) em que nenhum dos dois clubes havia sido campeão nacional na temporada anterior?

Bayern x Manchester United em 1999

5) Em 89 o Botafogo saiu de um jejum de 21 anos sem título, o gol de Maurício fez a festa alvinegra na partida contra o Flamengo, mas para conseguir fazer o gol, Maurício deu um "toquinho malandro" em um jogador do Flamengo que caiu e o juiz não marcou falta. Quem era o jogador que "sofreu a falta"?

Leonardo

6) De que time é esse distintivo:








Dica: O hino desse clube faz menção ao surgimento de "um jogador sensacional" que jogou uma copa do mundo.


Bonsucesso

7) Que estádio é esse?










Dica: Sediou finais da FA Cup e jogos da Seleção Inglesa (bem) antes da construção de Wembley


Kennington Oval ou apenas The Oval

 8) Quem é o sujeito da Foto?













Dica: Foi o responsável pelo desenvolvimento de um dos esquemas táticos mais importantes da história do futebol. Ah, não custa dizer que foi um treinador de grande sucesso.

Helenio Herrera, treinador argentino que passou pelo futebol espanhol com grande sucesso no Barcelona e se consagrou como o treinador da Grande Inter, em 64 e 65.

 9) Que time é esse? Não é preciso citar o nome dos jogadores, apenas apontar a equipe (ano de formação) e sua importância.

Obs.: Esse tá fácil, cite também o apelido dessa equipe.















Dica: Dica??? É isso aí mesmo!

Celtic 1967, campeões da Europa, também conhecidos como os Leões de Lisboa.

10) Que jogo foi esse?












Dica: Na sequencia deste lance aconteceu um dos gols mais bonitos da década


Newcastle 0 x 2 Arsenal válido pela EPL 2001/2002

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ABC do Futebol - A letra C

Fazer biografia não faz mérito ao que cada um desses jogadores representou na história, para entender a letra C é preciso entender a dimensão da mudança que ele, grande estrela de um time avassalador provocou.

No Princípio, eram 8 atacantes, depois eles foram diminuindo, diminuindo, o defensivismo alcançou o auge na década de 60 com a sagração do catenaccio, e sua pouco permitida variação. Na Grande Inter que conquistou a Europa, eram 3 zagueiros, dois laterais (entre eles Giacinto Fachetti, talvez o segundo grande lateral ofensivo da história), dois meias centrais, um Ponta Direita (Jair) e dois atacantes.

Em 1971 quando Rinus Michels e o Ajax começaram o seu domínio europeu apareceu o espantoso futebol total, o toque de bola rápido não era novidade, o mundo já havia visto essa característica no Brasil e na Inglaterra nas últimas 3 copas, a novidade era a movimentação dos jogadores que não eram sequer fixos a uma posição. Defensores que atacam, atacantes que defendem. A origem deste futebol surpreendente pode naturalmente ser tema para uma outra coluna, já que não é o objetivo desta.

 
                          Johan Cruyff, o gênio                           Rinus Michels, o general

Nosso personagem da letra C tem um dos retrospectos mais incríveis do futebol, é considerado por alguns o segundo maior jogador da história, ídolo de dois grandes clubes da Europa, e, como eu já disse, base de um time avassalador, ou dois. Johann Cruyff nasceu em 25/4/1947 em Amsterdã e aos quatro anos chegou ao Ajax, mas não para jogar. Seu pai fornecia frutas ao clube, e, anos depois, após a morte do pai, a mãe do jogador tornou-se faxineira. Por idéia dela, ele começou a jogar aos doze anos. Cinco anos depois, numa derrota por 3x1 o jovem Crujff estreiaria no time principal do Ajax fazendo o gol do time, que terminaria aquela temporada apenas no 13º lugar.

Na Temporada 65-66 chega ao clube o já citado Rinus Michels, ex-jogador da equipe, para ser o treinador. A fórmula de jogo adotada, em que Johan, em tese um atacante ou meia atacante, ditava o jogo com um toque de bola rápido fazendo com que os jogadores se movessem constantemente. O sucesso foi imediato, o Ajax nas duas temporadas seguintes conquistou o bicampeonato holandês além de em 67 ter feito o double. Em duas temporadas Cruyff marcou 58 gols, não tardou chegar à seleção nacional, estreando em 66, aos 19 anos, contra a Hungria, ele marcaria o gol de empate no final daquele jogo. Após isto, foram mais 47 jogos e outros 32 gols marcados pela Orange. 

Na temporada 67-68 veio o tricampeonato holandês, e pelo segundo ano o jogador seria eleito o melhor jogador holandês, na época seguinte o clube alcança a final da Copa Européia de Clubes alcançando o vice-campeonato. Em 1970 o clube volta à rotina de títulos nacionais, mais um double, mas por outro lado, fica um sentimento amargo de ver os rivais do Feyenoord conquistarem a Europa, o que seria apagado no ano seguinte, em 1971. O Fantástico time venceria o Panathinaikos, treinado por Ferenc Puskas, por 2x0, Cruyff o artífice da conquista no campo, seguiria ditando o ritmo do clube, mas Rinus Michels seguiria para o Barcelona. No fim do ano, o holandês venceria a primeira das três bolas de ouro da FF que conquistou.

Em 1972 novamente Cruyff se impõe com o Ajax, a vitória de 72 foi emblemática. No Estádio De Kuip em Rotterdan, o time, agora treinado pelo romeno Stefan Kovacs, venceu a Internazionale por 2x0, dois gols de Cruyff. A emblemática vitória foi mais do que a consagração definitiva do Ajax, ela ficou conhecida como "a derrota do catenaccio" esquema tático que ajudou a Inter a se sagrar bicampeã européia.

 

Cruyff na final européia em 72

Em 1973 a série avassaladora do Ajax continua, o sexto título nacional desde que Cruryff se tornara profissional e a quinta KNVB Cup são conquistadas, o clube bateria o Bayern de Beckenbauer e o Real Madrid rumo à final em Belgrado, onde Johnny Rep marcaria aos 5 minutos o único gol contra a Juventus. Os holandeses alcançariam um patamar somente antes alcançado pelo Real Madrid de Di Stéfano, três títulos europeus seguidos. Cruyff conquistaria mais uma bola de ouro. 

Ao final da temporada Cruyff partiu, o Barcelona do companheiro Rinus Michels foi o destino e o resultado foi o título espanhol, o primeiro desde 1960. A campanha ainda contou com uma vitória extraordinária por 5x0 sobre o Real Madrid em pleno Santiago Bernabéu

 
Cruyff no Barça


Era inegável o frisson que aquele time holandês causaria na copa de 74, embora a seleção nacional fosse inexpressiva, Ajax e Feyenoord conquistaram todas as Copas dos Campeões entre 70 e 73, sendo superados apenas pelo Bayern em 74. O Time seria treinado por Rinus Michels, agora treinador do Barcelona, o cenário se configuraria bastante favorável para a montagem de uma equipe extraordinária sem maiores problemas...

... mas não foi o que aconteceu, semanas antes da estréia aquele time sequer existia, uma briga de egos entre jogadores do Ajax e do Feyenoord impedia a montagem da equipe. Para a sorte do futebol, estes problemas foram superados e entrou em campo aquele time que maravilhou o mundo: jogadores versáteis que ocupavam todos os espaços do campo de uma forma incrível. A primeira partida foi contra o Uruguai, uma vitória por 2 x 0 deu vida àquele time. Era apenas a terceira partida da Holanda na história das copas do mundo, desde 1938 a seleção não jogava o torneio, e só com aqueles dois gols de Rep a seleção alcançou uma vitória em mundiais.

Melhores Momentos de Uruguai 0 x 2 Holanda

Veio a segunda partida, a seleção parou em 0x0 contra a Suécia, mas no terceiro jogo volta o espetáculo com uma vitória de 4x1 sobre a Bulgária, a seleção então avançou para a segunda fase para enfrentar Brasil, Argentina e a surpreendente Alemanha Oriental que havia derrotado os donos da casa, os irmãos ocidentais. Logo na primeira rodada, um massacre: 4x0 na Argentina, Cruyff, que ainda não havia marcado, abriu e fechou o placar. 

Holanda 4 x 0 Argentina

Na segunda rodada, a Alemanha volta a vencer, Neskeens e Resembrink fizeram os gols do 2x0, que deixaram os holandeses em excelente situação, já que possuiam melhor saldo de gols (6 contra 2), mas era o Brasil, o campeão mundial, e quem não lembra da frase do Zagallo "Nós somos os campeões do mundo, são eles que tem que ter medo da gente". O resultado da provocação é conhecido, 2x0 e Holanda na Final.


Àquela altura o mundo não tinha dúvidas de que os laranjas iriam tragar a Mannschaft de Beckenbauer, mesmo sendo os alemães campeões europeus, era evidente a superioridade do time de Cruyff, e o que era uma certeza começou a ser confirmada assim que a bola saiu, foram mais de 30 toques na bola até que Cruyff fosse derrubado na área, Neeskens cobrou e abriu o placar. Isso levava a crer que o que se veria seria um massacre, mas como já foi contado na Letra B, Breitner e Müller fizeram os gols que deram aos Alemães o título da copa

Os primeiros momentos da final de 74

Ao final da Copa, Cruyff escreveu um livro. "Futebol Total" falava sobre a campanha da Holanda, das principais seleções e se destacava por uma profecia cumprida: "A que ele não jogaria a copa de 1978 na Argentina."

 O ano de 74 terminou com a terceira bola de Ouro, A Performance na copa ainda valeu o prêmio de melhor jogador do Mundial. Cruyff não abandonou a seleção, seguiu até 77, em 76 ajudou o time a chegar ao terceiro lugar nas finais da Eurocopa .

Nos anos deste ciclo, Cruyff continuou no Barcelona, que também desembarcou o companheiro de Ajax e seleção Holandesa, Neeskens. A parceria culminou no título da Copa do Rei de 1978, Cruyff então seguiu para o futebol americano, onde jogou pelo LA Aztecs e o Washington Diplomats, em 81 voltou para a Espanha, onde atuou pelo Levante. Foi por volta desta época que a TV Brasileira divulgou amplamente uma notícia: O Flamengo poderia contratar o atleta,

Para a Temporada 81-82 Cruyff retornou para o Ajax, onde ficou por dois anos e conquistou mais dois títulos nacionais, para a época de 83-84 foi ao Feyenoord, seu último time profissional.Ao fim da brilhante carreira, Cruyff se tornou um dos mais respeitados treinadores da Europa.

Entre 85 e 88 venceu duas copas da Holanda e uma recopa pelo Ajax, foi nesta época que surgiu um dos outros 2 jogadores que se igualaria a ele com 3 bolas de ouro, Marco Van Basten.

Seguiu para o Barcelona, onde comandou a era de ouro da equipe no começo dos anos 90, nos primeiros anos Cruyff trouxe Txiki Begiristain, Michael Laudrup, Goikotxea e Stoichkov, além de ter subido para o profissional o jovem Josep Guardiola.

O Sucesso do time foi monstruoso, a recopa de 89, a copa do rei de 90, o tetracampeonato espanhol entre 91 e 94 (os dois últimos no time que tinha Romário) e a Copa Européia de 92, a primeira da história do Barça. Esse time ficou conhecido como o "Dream Team",

Cruyff deixou o Barcelona em 96, mas continuou como figura influente no clube, suas declarações ainda repercutem na mídia espanhola. Em 2008, ele voltou para o Ajax para ser diretor técnico do clube, mas sua personalidade forte bateu de frente com o treinador Van Basten e ele saiu, hoje Cruyff é treinador seleção da Catalunha.

O Principal legado de Cruyff para os times por onde passou como treinador foi o trabalho com as divisões de base, tempos após sua passagem pelo Ajax, o clube contou com sua última geração vencedora: Os Irmãos de Boer, Edgar Davids, Clarence Seedorf, Patrick Kluivert e Dennis Bergkamp foram submetidos aos métodos de treinamento de Cruyff, que colocava atacantes na zaga para fazer os jovens entenderem o raciocínio dos adversários. O resultado ao fim das contas foi que parte destes participaram do título de 95 da Liga dos Campeões, o último do Ajax.

No Barcelona o resultado também é evidente, além de Guardiola, no seu tempo também foram revelados Albert Ferrer e Sergi, além de Carles Busquets. O projeto continuado deu origem a vários outros jogadores, Carles Puyol, Pepe Reina, Victor Valdés, Giovani dos Santos, Xavi Hernandez, Andrés Iniesta, Cesc Fábregas, Gerrard Piqué e Sergi Busquets (filho de Carles). A prova plena do sucesso do modelo é o fato de o Barcelona ter hoje em seu time base (Valdés; Dani Alves, Puyol, Piqué, Abidal; Touré, Xavi, Iniesta; Messi, Henry, Ibrahimovic) 6 jogadores formados pela equipe, além de reservas fundamentais como o Talismã Pedro Rodriguez e Sergio Busquets. O modelo se perpetua, em 2006 o Barça inaugurou a Cidade Esportiva Joan Gamper e este ano troca o antigo casarão por um prédio dentro da Cidade Esportiva. Este modelo ainda será objeto de um artigo aqui

 
La Masia, residência dos jovens talentos do Barça até este ano

Por sua contribuição ao futebol, dentro e fora de campo, Johan Cruyff é uma aclamada personalidade, pelo seu futebol foi eleito o melhor jogador europeu do Século, e o segundo melhor de todos, superado apenas por Pelé. Por tudo isso, seu legado perdura.

Compilação de grandes momentos de Cruyff

Títulos como jogador:

Ajax
Campeonato Holandês: 1966, 1967, 1968, 1970, 1972, 1973, 1982, 1983
Copa da Holanda: 1967, 1970, 1971, 1972, 1983
Copa dos Campeões Europeus: 1971, 1972, 1973
Taça Intercontinental: 1972
Supercopa da UEFA: 1972, 1973
UEFA Intertoto: 1968

Barcelona
Campeonato Espanhol: 1974
Copa del Rey: 1978

Feyenoord


Campeonato Holandês: 1984
Copa da Holanda: 1984
Títulos como treinador:
 
 Ajax
Copa da Holanda: 1986, 1987
Recopa Européia: 1987
Barcelona
Copa del Rey: 1990
Campeonato Espanhol: 1991, 1992, 1993, 1994
Supercopa da Espanha: 1991, 1992, 1994
Recopa Européia: 1989
Copa dos Campeões Europeus: 1992

Individual
Balon D'or: 1971, 1973, 1974
Bola de Ouro da Copa do Mundo: 1974
Bota de Ouro da Holanda: 1984
Treinador do ano: 1987
Treinador do ano Onze D'or: 1992, 1994
Prêmio Don Balón (campeonato espanhol): 
Melhor Jogador Estrangeiro: 1977, 1978
Melhor treinador: 1991, 1992
Laureus Lifetime Achievement Award*: 2006
Cruyff foi o segundo jogador a receber este prêmio, que é multiesportivo. Até hoje apenas ele, Pelé (2000) e Beckenbauer (2007) receberam a Honraria.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Futebol e Pergunta n2

Vamos lá, disseram que a primeira edição estava difícil, vou facilitar um pouco pra essa.

Teste seus conhecimentos!

1) Em 1987 o Brasil enfrentou o Chile em duas partidas. Na primeira, em julho, perdeu de 4x0 num jogo válido pela Copa América na Argentina. O jogo que seria "a revanche" aconteceu no dia 9/12 e o Brasil venceu por 2x1, mas um outro fato marcou esta partida, qual?

2) O que representam as oito estrelas do escudo do Vasco da Gama?

3) Boca e Flamengo são dois exemplos de clubes que mudaram suas cores ao longo do tempo, quais são as cores originais de ambos?

4) Qual a primeira final de Liga dos Campeões da UEFA (ou de copa dos campeões) em que nenhum dos dois clubes havia sido campeão nacional na temporada anterior?

5) Em 89 o Botafogo saiu de um jejum de 21 anos sem título, o gol de Maurício fez a festa alvinegra na partida contra o Flamengo, mas para conseguir fazer o gol, Maurício deu um "toquinho malandro" em um jogador do Flamengo que caiu e o juiz não marcou falta. Quem era o jogador que "sofreu a falta"?

6) De que time é esse distintivo:









Dica: O hino desse clube faz menção ao surgimento de "um jogador sensacional" que jogou uma copa do mundo.

7) Que estádio é esse?











Dica: Sediou finais da FA Cup e jogos da Seleção Inglesa (bem) antes da construção de Wembley

 8) Quem é o sujeito da Foto?













Dica: Foi o responsável pelo desenvolvimento de um dos esquemas táticos mais importantes da história do futebol. Ah, não custa dizer que foi um treinador de grande sucesso.

 9) Que time é esse? Não é preciso citar o nome dos jogadores, apenas apontar a equipe (ano de formação) e sua importância.

Obs.: Esse tá fácil, cite também o apelido dessa equipe.
















Dica: Dica??? É isso aí mesmo!

10) Que jogo foi esse?












Dica: Na sequencia deste lance aconteceu um dos gols mais bonitos da década

Responda nos comentários ou diretamente para o meu e-mail: leojsmachado@gmail.com, a intenção é que todos se divirtam e aprendam um pouco mais sobre a história do futebol

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Futebol e Resposta n1

1) Que seleção(ões) tem vantagem sobre o Brasil no restrospecto de confrontos?
Hungria e Noruega, esta segunda o Brasil jamais venceu.

2) Quais os times tem a posse definitiva do Troféu da Copa dos Campeões/Liga dos Campeões da UEFA?
Real Madrid, Ajax, Bayern, Milan e Liverpool. Todos os times que venceram a Liga 5 vezes ou 3 vezes consecutivas.


3) O Hino do Atlético Mineiro fala em "Campeão do Gelo", de onde vem essa referência?
Na década de 50 o clube excursionou pela Europa e triunfou, mesmo sob neve.

4) Qual(is) time(s) finalistas da UEFA Champions league jamais foram campeões nacionais?
Apenas um, o Bayer Leverkusen, vice-campeão em 2002

5) Como era o antigo nome do Boavista de Saquarema?
Barreira


6) De que clube é esse distintivo?









Dica: Disputa a Primeira Divisão de um Campeonato Nacional Sulamericano


Rampla Juniors, do Uruguai

7) Que estádio é esse?














 Dica: Sediou 4 finais da Copa dos Campeões da Europa e mudou de nome após a última.

Estádio do Jubileu (nome original), Estádio Rei Baudouin (nome desde 1993) ou Estádio de Heysel.

8) Quem é o sujeito da foto?















 Dica: Jogou uma copa do Mundo e treinou uma seleção nacional por mais de 20 anos.

Guillermo Stábile, artilheiro da Copa de 1930 e treinador da seleção da argentina entre 1939 e 1960

9) Que time é esse? Não precisa indicar o nome dos jogadores, apenas apontar a equipe e sua importância.













Dica: Foi a base de uma seleção campeã mundial (Muito fácil)

Bayern de Munique 1974 tricampeão da Bundesliga (troféu) e campeão da Liga dos Campeões
10) Que jogo foi esse?












Dica: Cavalo Branco

Bolton 2 x 0 West Ham, Final da FA Cup de 1923, inauguração do Estádio de Wembley, o estádio recebeu 126 mil pessoas (oficialmente, extraoficialmente fala-se em 300 mil) que invardiram o gramado, para abrir espaço para a realização da partida, foi preciso que um policial montado num cavalo (uns dizem que era cinza, mas a lenda ainda diz cavalo branco!) abrisse espaço para a realização da partida.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estadual: um modelo de tabela

Que os modelos de tabela dos campeonatos estaduais são péssimos para as equipes, todo mundo sabe. Um torneio de aproximadamente 4 meses, que atrapalha a pré-temporada devido ao começo precoce, o Brasileiro que fica com uma sequência de jogos extremamente pesada e principalmente a Copa do Brasil, que perde 5 times bem-preparados que não podem aguentar o ritmo de 3 campeonatos ao mesmo tempo. Na contagem do calendário, temos 23 datas apenas para o Carioca e nenhuma boa solução para melhorar a situação.

Hoje eu pensei em algum modelo que possa favorecer todos os times da competição. Desde os grandes, que precisam de mais tempo de preparação, haja visa a quantidade de competições que entram, até os pequenos, que precisam de mais jogos. Eis o modelo.



O Carioca teria os mesmos 16 times que tem. Eles seriam divididos em dois macrogrupos de 8 times. O primeiro macrogrupo seria composto pelos quatro grandes, Duque de Caxias e Macaé (por disputarem as séries B e C, respectivamente) além de dois outros times por algum mérito nas edições anteriores. Os demais times fariam parte do segundo macrogrupo.

O oampeonato começa com um pré-torneio, com os times do segundo macrogrupo divididos em dois grupos de quatro times. Após 3 rodadas, conheceremos os primeiro e segundo colocados de cada grupo. A segunda fase deste "pré-torneio" consistiria no confronto direto entre o primeiros colocados de cada grupo (jogo 1) e os segundos colocados de cada grupo (jogo 2). O vencedor do jogo 1 seria promovido ao primeiro macrogrupo, enquanto o perdedor do jogo 1 enfrenta o vencedor do jogo 2 em uma repescagem (jogo 3). O vencedor do jogo 3 seria promovido ao primeiro macrogrupo.

Finalizado o pré-torneio, o Carioca de verdade começa. 10 times se enfrentam em pontos corridos de turno único e os primeiros 4 colocados passam a semi-final. Os jogos da semi-final e final são realizados em partida única no Maracanã, com vantagem do empate para o melhor colocado. Após a partida final temos o campeão. E fim.

Enquanto isso, os seis times restantes do segundo macrogrupo se enfrentam em pontos corridos de 2 turnos, num total de 10 partidas. O último colocado, ou os dois últimos (a critério do freguês) são rebaixados a segunda divisão do carioca.

Um pouco enrolado, mas resolve todos os problemas que temos. Com os principais times começando o torneio na "6ª rodada", a pré-temporada rende melhor. Com uma redução de 23 datas para 16 datas, podemos ter um Brasileiro mais folgado, dando abertura a uma Copa do Brasil igualmente mais folgada e com a grande final no fim do ano, para que não aconteça o que aconteceu com o Corinthians em 2009 e tenha a participação dos times da Libertadores. E os times pequenos vão ter uma quantidade de jogos muito próxima do que as que possuem atualmente.

O que acharam?