domingo, 31 de janeiro de 2010

Começou a Festa!


Que jogo o de hoje no Maracanã! Agora que todos os quatro times grandes já fizeram partidas clássicas, podemos dizer: o ano no futebol começou!



O Fla-Flu de hoje foi tudo aquilo que se espera de um clássico deste patamar. Jogo bonito, raçudo, coisa que só quem viu pode entender. Um jogo com vários lances de impedimento difíceis de marcar. Felizmente, os Deuses do futebol iluminaram os bandeirinhas para este jogo tão essencial para o esporte.


Um primeiro tempo com atuação de gala do tricolor, que só não fez em um tempo o que o Vasco fez contra o Botafogo no jogo todo porque não quis. O time de guerreiros atacou de todas as maneiras durante a primeira etapa, mas faltou o toque do matador Fred lá na frente. Nada que os impedisse o de abrir dois gols de vantagem sobre o Flamengo. No fim do primeiro tempo, um pênalti cavado pelo apagadíssimo Juan e cobrado pelo Imperador - que fez seu ducentésimo gol na carrira - abriu caminho para a reação rubro-negra. Bobeira para o Fluminense, que tratou de responder à altura imediatamente. Acabado o primeiro tempo, o jogo estava 3 a 1.

Foi nos bastidores é que a estrela de Andrade brilhou novamente, mais uma vez pelas substituições brilhantes que decidiram o jogo - Willians no lugar de um nervoso Fernando e a boa surpresa Vinícius Pacheco no lugar de Petkovic. O começo da virada estava desenhado pelas alterações na equipe e assim se fez. Oito minutos foram suficientes para que Love e um renovado Kléberson empatassem a partida. A partir daí, o que se viu foi uma partida bem equilibrada, mas pendendo um pouco para o lado do Flamengo graças ao nervosismo da equipe tricolor, com medo de acontecer o pior.

E o pior aconteceu, por meio dos pés imperiais. Dois gols seguidos do artilheiro afundaram o tricolor que, apesar de ter um a mais em campo após nova expulsão boba de Álvaro, não soube manter o controle necessário para definir o jogo. Um erro que em um cássico é crucial, mas em nada atrapalhou o grande espetáculo que foi. Parabéns aos dois times pelo show que nos proporcionaram!!

Gols do Jogo:



Destaques do jogo:

Pelo Flamengo:

Willians, que jogou demais e deu outra cara ao time do Flamengo.
Vinícius Pacheco, mais uma vez uma boa surpresa.
Vagner Love, mostrou amor à camisa, me surpreendeu. Atacou muito bem e apoiou na defesa quando esta possuia um buraco devido a substituição de Fierro por David após a expulsão de Álvaro.
Adriano, que apesar de não ter sido brilhante, fez três gols e merece o mérito.

Pelo Fluminense:
Diguinho prometeu que ia jogar muito contra o Flamengo e cumpriu.
Conca, sempre perigoso, armou várias das jogadas perigosas do Flu no jogo.



Alan, mostrou que vai disputar vaga no ataque tricolor. Coroou uma bela partida com um gol. Também foi quem sofreu o pênalti do gol de Conca.

A Letra B

O Grande e Verdadeiro Imperador

Muitos consideram uma injustiça o time de 1974 da Holanda ter perdido a copa para a Alemanha, assim como a Hungria perder a copa de 54 para Alemanha (e isso nos bastidores deu pano pra manga), mas há de se olhar o outro lado da história, e neste caso, que outro lado! A Letra B do ABC do Futebol fala de Der Kaiser.  Um dos maiores líderes em campo e fora dele da história do futebol.

Franz Anton Beckenbauer nasceu em 11 de setembro de 1945 em uma Munique devastada pela guerra, filho de um agente postal aposentado por ferimentos sofridos na guerra. O pai de Beckenbauer não foi um grande incentivador, não gostava de ver o filho jogando bola com o único par de sapatos, então quem sabe... tênis! O Esporte da Bolinha foi o primeiro de Franz, que era amigo do também campeão mundial Sepp Maier, mas o futebol falou mais alto e aos 8 anos, em 54 o fã da Fritz Walter e torcedor do principal time de Munique, a época o 1860, começou a jogar, como atacante no SC Munich '06, quando o clube resolveu fechar as divisões de base por falta de dinheiro, porém no seu útlimo torneio, um Sub-14, o destinho fez calhar que na final o time de Beckenbauer enfrentasse o 1860 München, uma série de discussões durante a partida, inclusive um confronto físico entre Franz e um adversário. Conclusão: os jovens do SC preferiram se juntar ao Bayern do que ir para o clube dos jogadores com quem tinham recentemente brigado, Sorte do Bayern.

Nas divisões de base, Beckenbauer chegou à seleção Alemã da categoria, mas em 1963 quase foi expulso, quando sua namorada engravidou e ele não queria casar com a moça, os valores conservadores da época pesaram e ele foi banido, mas a intervenção do treinador Dettmar Cramer o trouxe de volta.

Em 64 o meia esquerda Benckenbauer estréia na Regionalliga Süd, ao Final da temporada 64-65 o Bayern ascende à Bundesliga, Franz fez 16 gols em 31 partidas, o sucesso retumbante logo o colocou na seleção alemã, onde estreou ainda em 1965, no ano seguinte, já seria titular da seleção na Copa do Mundo. já como volante, fez 4 gols na campanha vice-campeã.

Pouco antes do vice-campeonato mundial, Franz ajudou a colocar o Bayern no mapa do futebol alemão com o título do Pokal (Copa da Alemanha) e o terceiro lugar, três pontos atrás do 1860 München, no campeonato alemão. Na temporada que se seguiu, veio o segundo título da copa da Alemanha, e o primeiro título internacional, a Recopa Européia, vencendo o Rangers na final.

Após mais uma temporada, chega 68-69 e Beckenbauer se torna o capitão do Bayern, com uma excelente campanha o Bayern se sagra pela primeira vez campeão alemão, o já "líbero" fez 33 das 34 partidas na liga e marcou dois gols, além desta conquista, o time ainda ganhou mais uma vez o Pokal. Em 1969 o time jogou pela primeira vez a Copa Européia, sendo eliminado ainda na primeira rodada, a temporada na alemanha foi vencida pelo Borussia Mönchengladbach, outro clube emergente à época.

Em 1970, o Kaiser vai ao México, disputar a Copa do Mundo, após três vitórias na primeira fase, a reedição da final da copa de 1966. A seleção inglesa abriu 2x0 no começo do segundo tempo, mas faltando 30 minutos para o final, o camisa 4 marcou um belo gol e iniciou a reação, que só parou na Prorrogação com o gol da virada marcado por Gerd Müller.


O que se seguiu naquela copa foi o Jogo do Século, uma partida histórica em que a Itália venceu por 82 minutos e os alemães empataram aos 45 do segundo tempo. Em 30 minutos de prorrogação, 5 gols, a vitória da Itália não apagou a raça dos alemães, Beckenbauer fraturou a clavícula e continuou em campo, já que o time havia feito todas as alterações possíveis. A lesão fez ele não disputar a partida seguinte em que a Mannschaft se sagraria terceira colocada no mundial. De volta à Europa, Franz conquistaria em 70-71 mais um vice-campeonato nacional e uma copa (a terceira).

Na temporada 1971-72 começa a Era de Ouro para o Bayern, para a Alemanha  agora capitaneada por ele, e para Beckenbauer, o título nacional de um time que possuía uma superioridade exacerbada, 101 gols em 34 jogos. Ao final da temporada, o primeiro título com a seleção, a Eurocopa na Bélgica e ao final do ano a primeira Bola de Ouro. A popularidade do jogador era tão grande que ele foi incluído na famosa esquete "O Futebol dos Filósofos do Monty Python. O Clube conquistou na temporada seguinte o bicampeonato alemão e na europa, caiu frente ao AFC Ajax de Johann Cruyff, que viria a ser tricampeão naquele ano.

Beckenbauer recebendo o troféu da Euro 1972
 
Em 1973-74 mais um ano de glória, o tricampeonato alemão, e a glória européia sobre o Atlético de Madrid. Para completar, o título mundial sobre o carrossel holandês na copa do mundo de 74 em casa, a Copa do Mundo e a Bola de Prata da France Football. Nos dois anos seguintes, mais duas glórias na Europa com o Bayern, agora treinado por Deltmar Cramer, o mesmo que impediu que Beckenbauer fosse expulso da seleção anos antes: O Tricampeonato Europeu terminou em 76 ano de mais uma bola de ouro, um vice-campeonato Europeu de seleções e da conquista do Mundial Interclubes.

Em 77, aos 32 anos, tido como velho para disputar uma outra Copa, ele segue para o NY Cosmos. Na primeira temporada, tendo como companheiro Pelé, é campeão da Liga norte Americana e eleito o melhor jogador. Beckenbauer ainda voltaria a vencer o torneio em 78 e 80

Já longe da Nationalelf, ele volta para a Alemanha e joga no Hamburgo, aos 36 anos, jogou 10 partidas no time campeão nacional de 82. Beckenbauer volta para o Cosmos, ao final de 83 Beckenbauer se aposenta, com um total de 702 partidas oficiais, o legado reconhecido.


Em 86 ele retornaria a seleção sendo mais uma vez bem sucedido, com duas finais de copa do mundo, em 86 e 90, sendo campeão nesta última. Beckenbauer é o único homem que foi capitão e treinador campeão mundial. Após sair da seleção foi campeão francês como treinador do Marselha. Em duas ocasiões dirigiu o Bayern, vencendo a Bundesliga 94 e a Copa da UEFA 96.Entre 94 e 2009, Beckenbauer foi também presidente do Bayern de Munique, a época gloriosa para a equipe, 8 Bundesligas, 6 Copas da Alemanha e duas finais da Champions League, com um título, o de 2001.

 
Em 1990, recebendo o Prêmio Bambi

Beckenbauer ainda foi vice-presidente da DFB e foi o presidente do comitê organizador da copa de 2006. Por tudo isso o eterno Imperador do futebol é considerado além de um dos maiores defensores de todos os tempos, uma das maiores personalidades do futebol de sempre.

Títulos:


Bayern de Munique:

Regionalliga Sud: 1965
Copa da Alemanha: 1966, 1967, 1969, 1971
Bundesliga: 1969, 1972, 1973, 1974
Recopa Européia: 1967
Copa dos Campeões da Europa: 1974, 1975, 1976

New York Cosmos:

Soccer Bowl: 1977, 1978, 1980
Trans Atlantic Cup: 1980, 1983

Hamburgo:
Bundesliga: 1981-82

Seleção Alemã-Ocidental:

Eurocopa 1972
Copa do Mundo 1974 

Como Treinador:

Copa do Mundo 1990
Campeonato Francês 1990-91
Bundesliga 1993-94
Copa da UEFA 1995-96

Individuais:

Melhor Jogador Jovem da Copa do Mundo: 1966
Bola de Ouro: 1972, 1976
Bola de Prata: 1974, 1975
Jogador Alemão do Ano: 1966, 1968, 1974, 1976
Seleção da Euro: 1972, 1976
Seleção da Copa do Mundo: 1966, 1970, 1974
Bola de Prata da Copa do Mundo: 1974
NASL MVP: 1977

sábado, 30 de janeiro de 2010

Futebol e Pergunta - nº 1

1) Que seleção(ões) tem vantagem sobre o Brasil no restrospecto de confrontos?

2) Quais os times tem a posse definitiva do Troféu da Copa dos Campeões/Liga dos Campeões da UEFA?

3) O Hino do Atlético Mineiro fala em "Campeão do Gelo", de onde vem essa referência?

4) Qual(is) time(s) finalistas da UEFA Champions league jamais foram campeões nacionais?

5) Como era o antigo nome do Boavista de Saquarema?

6) De que clube é esse distintivo?









Dica: Disputa a Primeira Divisão de um Campeonato Nacional Sulamericano

7) Que estádio é esse?














 Dica: Sediou 4 finais da Copa dos Campeões da Europa e mudou de nome após a última.

8) Quem é o sujeito da foto?















 Dica: Jogou uma copa do Mundo e treinou uma seleção nacional por mais de 20 anos.

9) Que time é esse? Não precisa indicar o nome dos jogadores, apenas apontar a equipe e sua importância.














Dica: Foi a base de uma seleção campeã mundial (Muito fácil)

10) Que jogo foi esse?












Dica: Cavalo Branco

Enviem as respostas para leojsmachado@gmail.com ou nos comentários (serão apagadas) até a sexta feira que vem, no sábado que vem, o resultado dessa, eu espero que vocês se divirtam

Futebol e Pergunta; O Quiz do FC

Ladies and Gentlemen, apresento o Quiz do FC, o Futebol e Pergunta.

A Idéia é apresentar mais a história do Futebol, e se divertir, se a gente conseguir alguma coisa pode também distribuir uns prêmios, mas por enquanto somos uns duros e ficamos por aqui.

Haverá também um ranking, já que semana sim semana não teremos perguntas novas.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Geração Iniesta

O número de nascimentos registrados e previstos em Barcelona entre esta semana e a próxima é 45 por cento maior que a média. E o motivo parece ser a gloriosa semana em que o Barcelona goleou o Real Madrid por 6 a 2 e se classificou para a final da Liga dos Campeões eliminando o Chelsea com um gol de Andrés Iniesta nos acréscimos.

"Quando notamos alguma mudança nos padrões, procuramos a razão, e é evidente que a causa do crescimento esta semana é a euforia dos torcedores do Barça graças à goleada (sobre o Real Madrid) e ao gol de Iniesta", disse Mercedes Rodríguez, supervisora da Clínica Quirón, ao jornal El Mundo Deportivo.
A média de 9 ou 10 partos por dia subiu para 14 ou 15, segundo a responsável. O fenômeno já ganhou um nome na Catalunha: "Geração Iniesta".

extraído do blog do excelente Trivela.com 
 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Marcos Braz Facts!




Essa daqui eu li no Urublog. Uma daquelas listas de facts que viraram moda com o Chuck Norris, que achei muito boa. Confere aí!

Marcos Braz tem R$100.000,00.
Qualquer outro dirigente tem R$100.000,00.
Marcos Braz tem mais dinheiro.
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Marcos Braz provocou a crise mundial dos estados unidos.
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Marcos Braz vende areia no deserto.
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Marco Braz vendeu Obina e não pagou nada por isso
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MB se tivesse no fla, o marcinho nao teria saido, ele teria convencido a prostituta q ela q esbarrou na mao dele
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Marcos Braz foi a CBF pedir o reconhecimento do campeonato de 87 e saiu de lá com os de 88, 89 e 90 também
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Flamengo nao foi campeao brasileiro, ele apenas convenceuu a todos disso
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Marcos Bráz trouxe o Love, vendeu o Obina e ainda saiu com 1mi no bolso.
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Marcos Braz pediu um Big Mac no Bobs

Ele foi atendido
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MB trouxe o love de graça e ainda convenceu os russos que 51 é melhor que vodka
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patricia amorim qdo seelegeu ia substitui-lo, mas na reuniao ele a convenceu que quem tinha que ser demitido era o outro.
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Marcos Braz exigiu que a Hypermarcas estampasse a marca do sabão Omo na camisa do Flamengo. Foi atendido.
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Adam Smith dormia com Marcos Braz estampado no pijama.
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Marcos Braz queria levar a bola da final do Hexa, mas Adriano e Léo Moura pegaram primeiro. Isso explica porque os dois estavam chorando um minuto depois.
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John Maynard Keynes se inspirou em Marcos Braz quando desenvolveu sua teoria de intervenção estatal na economia.
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Os americanos tentaram endurecer uma negociação com Marcos Braz, os efeitos disso são sentidos no Mundo inteiro até hoje
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braz foi ao puteiro e no final quem recebeu dinheiro foi ele
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Marcos Bráz bane os moderadores da comunidade.

Via twitter.
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Marcos Bráz vende convites pro Orkut.
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Marcos Braz não é dirigente do Flamengo no CM, pq o jogo não permite cheat.
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Marcos Braz ganha impar/par no espelho pedindo impar.
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Nas horas vagas, Marcos Braz não joga Colheita Feliz. Joga simuladores nos sites da Nasdaq e Dow Jones.
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Marcos Braz bateu o pé na negociação do Vagner Love, dias depois ocorreu o terremoto no Haiti

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Grupo da Morte 2010

Ano de Copa do Mundo é sempre um período ótimo para discutir e palpitar o que veremos na competição mais importante do futebol. Após anunciados os grupos, a maioria das mesas redondas chegaram a conclusão que o grupo da morte na África do Sul é o grupo A (África do Sul, México, França e Uruguai), com alguns discordantes apontando para o nosso grupo como o tal.


Após analisar com paciência, mais do que a normal, haja vista o equilíbrio entre os grupos, voto no grupo D como o mais apto ao status de Grupo da Morte, composto por Alemanha, Austrália, Gana e Sérvia. Alemanha dispensa comentários por ser uma das quatro seleções cuja ausência em qualquer mundial será sentida. Austrália e Gana são adversários que nos fizeram passar dificuldade em 2006 e ainda possuem bastantes dos principais jogadores daquela época. A Sérvia é herdeira de uma escola de futebol forte e um dos times mais temidos do pote europeu do sorteio.

Naturalmente, o grupo está longe do nível de seu antecessor, composto por Argentina (sem Maradona no banco), Sérvia e Montenegro, Holanda e Costa do Marfim, uma vez que a discrepância entre as chaves da Copa de 2006 eram absurdas

Sobre o grupo do Brasil: se nosso adversário de estréia fosse a Coréia do Sul ao invés de seus “compatriotas comunistas”, o grupo G seria de longe o grupo da morte de 2010. O que nem de longe significa que a briga entre Brasil, Costa do Marfim e Portugal pela vaga não será de foice. Ainda mais com a embalada Furia Roja provavelmente esperando o segundo colocado no mata-mata.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ABC do Futebol - A Letra A

de amor, B de baixinho... assim começa o  abc do futebol.

A é a letra que precede coisas vitais para o futebol, os culpados árbitros, mas também é a letra do ínicio do nome de lendas do futebol


Se você pensa que no mundo inteiro Pelé é a referência de “o maior jogador de todos os tempos” está enganado, e se você pensa que Maradona é a escolha de quem rejeita o mineiro de três, também está enganado. O Próprio Maradona, Sir Bobby Charlton, Eusébio, e muitos europeus elevam a este posto é uma flecha. A Flecha Loira

Alfredo Di Stefano Laulhé nasceu em Barracas, Buenos Aires em 1926, quando criança sonhava ser aviador, mas o pai, também Alfredo, jogador do River Plate na Década de 1910, de tanto o incentivar, conveceu o rapaz a se tornar jogador sempre o ajudando a melhorar nos fundamentos, Don Alfredo conta que era destro, conta que seu pai só o deixou jogar quando tinha um bom chute de esquerda.

Em 1943 chega ao River Plate, o time fantástico chamado “La Máquina”, considerada por alguns uma antecessora da Laranja Mecânica,  campeão argentino de 41, 43 e 45, e neste ano estreou Di Stéfano, jogando apenas um jogo frente ao Huracán, curiosamente, clube para o qual foi por empréstimo na temporada seguinte, e o sucesso começou, foram 25 jogos e 10 gols, o River pediu uma fortuna pelo passe, o Huracán não pagou. Di Stéfano voltava ao River Plate para o lugar de Adolfo Pedernera, jogador que o próprio considera o melhor de todos os tempos, vendido ao

Atlante.  Foram 27 gols em 29 jogos, o título nacional, e a ida para a seleção argentina, campeã da Copa América em Guayaquil, 6 gols em 6 jogos. No ano seguinte, o vice-campeonato da Copa dos Campeões Sulamericanos, torneio vencido pelo Vasco, e treze gols no argentino. Em 1949, veio a greve dos jogadores argentinos, e Alfredo foi para a Colômbia, que na época reunia os maiores jogadores sulamericanos, o Millionarios de Pedernera e Nestor Raul Rossi foi três vezes campeão colombiano entre 49 e 52 (só não ganhou em 50) e Di Stéfano logrou a máxima artilharia em 51 e 52, em 51 Di Stéfano foi ainda o maior goleador da América do Sul pela segunda vez (a primeira foi em 47) com 31 gols, em 53 ainda veio o título da Copa Colômbia, Di Stéfano ainda jogou quatro partidas não reconhecidas pela FIFA entre 49 e 54 na seleção colombiana (a Colômbia, bem como sua liga, havia sido banida pela FIFA).

Em 1952, no torneio de cinqüentenário do Real Madrid, O Ballet Azul vence os Blancos por 4x2, dois gols de Di Stéfano. Santiago Bernabéu então buscou comprar os direitos do atleta, mas nada feito até a conquista do Mundialito de Clubes de 1953, 19 de fevereiro deste ano marcou a despedida de Di Stéfano do clube, uma vitória por 4x0 sobre o Rapid Viena no Mundialito de clubes.

Di Stéfano saiu do Millionários com 267 gols em 292 jogos(máximo aritilheiro da história da equipe), consolidou sua fama como atacante, mas também cresceu como jogador, se tornando um excelente meio campista e um bom defensor, este conjunto completo fez um dos mais famosos treinadores de futebol da história Helenio Herrera dizer: "Alfredo Di Stéfano foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos - melhor ainda que Pelé. Ao mesmo tempo ele era um grande defensor, um grande meio campo e o mais perigoso homem de ataque que já surgiu."
A Ida Para o Real Madrid foi banhada em uma certa controvérsia. Embora o Real já tivesse conversado com o Jogador, o Barcelona apresentou um acordo e negociou com o River Plate, por outro lado o Madrid negociou com o Millionários, que se considerava dono dos direitos do jogador até 1954, entre 13 de maio, dia em que Di Stéfano desembarcou em Barcelona e 15 de setembro diversas coisas aconteceram, Santiago Bernabéu convenceu Di Stéfano a desistir do acordo com o Barcelona, depois de muita confusão, a federação espanhola propôs: Di Stéfano joga por 4 anos, dois anos em Madrid e Dois em Barcelona, alternados, nada feito por parte do Barcelona, que desistiu dos direitos do jogador em outubro, por uma quantidade equivalente ao que havia gasto para contratá-lo, feito, por parte do Madrid. Segundo alguns, a desistência do Barcelona foi ocasionada por pressão do Regime Franquista, mas não existe uma verdade clara sobre esta história. Nestes meses, Don Alfredo jogou três jogos, mas sem vestir a camisa do clube catalão.

Segundo Emílio Butragueño, craque da história madridista, a contratação de Di Stéfano inicia a história do merengue, até 53, o Madrid havia ganho apenas 2 campeonatos, o último em 33, e o Barcelona dominava o futebol espanhol, conquistando 4 dos últimos 6 títulos.

Em 54 o primeiro título, com 29 gols, a primeira artilharia. Em 55, o bicampeonato com 25 gols, em 56 começa a fase européia, a primeira copa dos campeões, o título, vencendo o Stade de Reims por 4x3 no Parc des Princes, com cinco gols, di Stéfano começou a escrever a história dos seus 49 gols em competições européias, marca só superada em 2005. Ao final do ano, Don La Saeta Rubia recebe a primeira Bola de Prata da France Football

1957 termina com mais um título espanhol, mais uma vez a artilharia, mais uma vez o título europeu, agora perante a cento e vinte mil no Santiago Bernabéu, mais uma vez di Stéfano abriu o placar, contra a Fiorentina, e desta vez o jogador venceu a premiação da revista francesa. Na temporada 57-58, Di Stéfano é pela quarta vez campeão espanhol, quarta vez artilheiro e conquista o tricampeonato europeu, sendo artilheiro da competição com 10 gols, a final em Bruxelas teve também a marca de Di Stéfano, mais uma vez fazendo o primeiro gol do Madrid, que só alcançou a virada com Gento na prorrogação.

Na temporada de 1958/59 o time do Real Madrid de tornou maior ainda com a chegada de Ferenc Puskas, na final, outra vitória, em Stuttgart sobre o Stade de Reims, 2x0, mais uma vez com a marca de Di Stefano, não veio o título espanhol, perdido para o Barcelona, mas veio a artilharia mais uma vez e novamente a distinção da Bola de Ouro.

A Temporada 59/60 foi marcada por mais um título europeu, o pentacampeonato foi conquistado em Glasgow, num 7x3 contra o Eintracht Frankfurt, este partida, conhecida como uma das maiores de todos os tempos, teve 3 gols de Di Stéfano e 4 de Puskas, para finalizar a era de ouro, a conquista da primeira copa Intercontinental contra o Peñarol



Real 7 x 3 no Eintracht Frankfurt

Em 1960/61, mais um título espanhol, feito repetido nas três temporadas seguintes. Na Europa, o camisa 9 ainda disputou duas finais européias, perdendo em 62 para o Benfica e em 64 para a Internazionale.

Em 1963 um susto, Di Stéfano é seqüestrado na Venezuela durante o Mundialito de clubes, mas é liberado dois dias depois. Em 1964, após 11 temporadas, muitas jogadas pelo lado esquerdo, que fizeram alguns dizer que o Bernabéu seria inclinado para este lado por isso, 307 gols em 407 partidas oficiais, recorde superado por Raul em 2009, 410 gols ao total. Di Stéfano então aos 38 anos seguiu para Barcelona, onde defendeu o Espanyol por duas temporadas, a aposentadoria em 1966 foi celebrada numa partida entre Real Madrid e Celtic no Bernabéu.

Di Stéfano se tornou treinador, ganhando diversos títulos, o primeiro, o campeonato argentino com o Boca, depois a Primeira División da Espanha com o Valência, clube onde também ganhou a recopa em 80 e a segunda divisão em 87. No Real Madrid, Don Alfredo foi duas vezes vice-campeão da Liga e vice-campeão da recopa, o único título pelos merengues como treinador Foi a supercopa em 1990.

Uma das grandes frustrações de Di Stéfano (e do mundo do futebol) é o fato do atleta nunca ter jogado uma copa do mundo. Em 50, a Argentina não quis jogar o mundial, em 54 jogava na liga pirata colombiana, e a Colômbia não disputou as eliminatórias. Defendeu a fúria a partir de 57, marcou 23 gols em 31 jogos, sendo o maior artilheiro até o começo da década de 90, mas em 58 a Espanha não esteve no mundial e em 62 Di Stéfano se lesionou durante a preparação para a copa do Chile.

La Saeta Rubia se tornou presidente de honra do Real Madrid em 2000, em 2007 virou o nome do avião do clube, Di Stéfano nomeia também o estádio onde jogam as categorias de Base do Real Madrid, uma grande distinção para um dos poucos jogadores na história que foi artilheiro em três países diferentes (Isidro Lángara na Espanha, Argentina e México, Romário no Brasil, Holanda e Espanha, Amoroso(!) no Brasil, Itália e Alemanha, e Ruud Van Nistelrooy na Holanda, Inglaterra e Espanha são os outros), ao total foram 1115 jogos e 818 gols, uma incrível média de 0.73, mais incrível ainda mais se tratando de um jogador que jogou boa parte da carreira como meia.





Don Alfredo é o jogador argentino que mais títulos conquistou, a lista completa vai no final da postagem. Hoje com 83 anos, mora em Madrid, em 2000 lançou uma autobiografia, Graças, Vieja! (Obrigado, Velha) frase que cunhou sob a estátua de uma bola de futebol que mandou fazer ao se aposentar.


O camisa 9 eterno e dois herdeiros do legado


Ao final do século, a France Football realizou eleição com todos os seus Bolas de Ouro, Di Stéfano foi eleito o quarto melhor de todos os tempos, mesmo resultado do IFFHS

Sem dúvida nenhuma, não existe um jogador que valha mais que um time, mas Di Stéfano provou que isso é quase possível, sendo o jogador mais completo da história do futebol.

Títulos:

Pelo River Plate

Liga Argentina: 1945, 1947

Pelo Millionários

Campeonato Colombiano: 1949, 1951, 1952
Copa Colômbia: 1953
Mundialito: 1953



Pelo Real Madrid:Liga Espanhola: 54, 55, 57, 58, 61, 62, 63, 64
Copa do Generalíssimo (Copa do Rei): 1962
Copa Intercontinental: 1960
Mundialito: 1956
Copa dos Campeões da Europa: 56, 57, 58, 59, 60


Outros:
Copa América: 1947


Individuais:


Artilheiro na Argentina: 1947
Artilheiro na Colômbia: 1951, 52
Artilheiro da América do Sul: 1947, 1951
Pichichi(artilheiro da Liga Espanhola): 1954, 1956, 1957, 1958, 1959
Ballon d’Or: 1957, 1959
Bola de Prata: 1956
Artilheiro da Copa dos Campeões: 1958
Medalha de Ouro ao Mérito Desportivo: 1966
Super Bola de Ouro France Football: 1989
Medalha de Honra ao Mérito da FIFA: 1994
Medalha do Mérito Desportivo, Cidade de Madrid: 1996
Hall da Fama FIFA: 1998
Prêmio do Jubileu da UEFA: 2003
Premio Presidencial da UEFA: 2008

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O ABC do Futebol

27 jogadores que marcaram a história do futebol

Aqui estamos nós mais uma vez para falar das figuras primeiras do esporte bretão. A Coluna que começa hoje é um "guia de jogadores que você conhece ou deveria conhecer", os 27 nomes foram/estão sendo escolhidos a dedo sobre o seguinte pretexto: se é um ABC um nome por letra, O nome por letra. Assim, o alfabeto tem 26, mas um jogador muito especial será tratado em um dos artigos, por isso, 26+1.

A Primeira premissa é: muita gente fala de Pelé e Maradona, então eles estão fora. Todo mundo fala deles. Não existe curiosidade ou finalidade expressa em falar nestes dois, por isto as letras que seus nomes envolvem serão muito mais bem gastas falando em outros craques da história do futebol.

A Lista é longa, a periodicidade dos artigos será esporádica, mas nunca mais que semanal, a princípio, tentarei postar duas vezes por semana, quartas e sábados, ou seja, amanhã teremos a letra A.

A Lista não está fechada ainda, faltam um ou dois nomes, mas muitos já estão fechados e não tem chororô, mudanças ou outras acochambrações além das já realizadas. A Maioria, se não a totalidade dos jogadores já deixou de jogar muitos, há muito tempo, então, peço que me permitam que eu os conduza nesta viagem pela história de alguns dos maiores jogadores da história.

Mais Tarde a Première, a Letra A, de Arco e Flecha, uma Flecha Rubia que atravessou três países rumo a glória.

A Letra A 
A Letra B 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

SeleFla Década ’00: Os melhores e Os piores (parte 2)

Saudações Rubro-Negras!



A Seleção dos piores. Foi alternando entre dores no coração e intermináveis gargalhadas que consegui escalar este time. Descrever todos os jogadores certamente me renderá pesadelos e piadas. Aliás, este grupo seleto por si só é uma piada pronta. Here we go...



Time Titular



Getúlio Vargas; China, Júnior Baiano, Valdson, Egídio; Mozart, Douglas Silva, Walter Minhoca, Alex; Roni, Cezar "El Tigre" Ramirez; Técnico: Carlos Alberto "Capita" Silva


Time Reserva: (É isso mesmo! Não muito melhores que os citados, mas que também fizeram sua parte)


Clêmer ;Maurinho, Fabão, André Bahia, Roger;Paulinho, Da Silva, Jaílton, Beto "Cachaça"(só jogou bem na década de 90);(batis)Tuta, Fernando Baiano (balança o coração da gente!); Técnico: Waldemar Lemos de Oliveira


Time Titular:


Getúlio Vargas: Me fez odiar mais ainda um presidente e uma avenida ao mesmo tempo. Domingo próximo será nosso adversário, como goleiro do Duque de Caxias e vai ser a segunda alegria que nos dará (a primeira, obviamente, foi a saída do Flamengo).


China: Seria apenas mais um péssimo lateral-direito que manchou o Manto Sagrado, não fosse o fato peculiar de ter sido revelado por um cego. O tipo da coisa que só se vê em Bangu...


Júnior Baiano: Justiça seja feita, a culpa foi do técnico que o escalou. Um jogador capaz de fazer os gols que ele fez deveria ser atacante em 2005. Era matar dois coelhos com uma cajadada só. Foram botar o cara de zagueiro e olha o que deu...



Valdson: Ruim no Vasco, pior ainda no Flamengo. Valdson foi mais um que veio pro clube para espancar jogador. Só esqueceram de avisar a ele que grande área não é tatame.


Egídio: Nos deu saudade de Athirson. E nos lembra que, apesar da má fase do Juan, podia ser muito pior.


Mozart: Por esse eu tenho um carinho especial. O “anjinho” chegou na Gávea após um bom ano pelo Coxa, onde inclusive conseguiu vaga na seleção olímpica, como promessa para ajeitar nossa cabeça de área. Seu auge foi no Flamengo x Gama da João Havelange. Um gol indescritível, que compartilho com vocês agora.



Douglas Silva: Esse consegue ser ruim até no time roubado do Flamengo do CM 03/04. Eu simplesmente não tenho como destacar uma dentre tantas qualidades negativas desse mito. Bem-afortunados são os não privilegiados com boa memória que puderam esquecer esse pesadelo logo.


Walter Minhoca: Parodiando Edmundo: “é um jogador vindo de Ipatinga, com um técnico de Ipatinga, que jogou bem (sic) em um jogo em Ipatinga, no Ipatinga... queria o que?!?”.


Alex: Este eu falo com pesar no coração. É pra mim um dos melhores meias do Brasil e merece vaga na seleção sem sequer pensar. Liderou perfeitamente Aquele Cruzeiro De 2003. No Flamengo, foi o reflexo do que foi a Selefla 2002: Apático. Seria pra mim o nome ideal para completar o Flamengo na Liberta-2010, mas temo uma Selefla II.


Roni: Maldito seja Roni. Seu ano no Flamengo pode ser resumido em algumas boas jogadas individuais, culminando em 99% dos casos em um passe errado. Extremamente inábil para fazer gols, foi pro Cruzeiro no meio do ano e meteu dois em um jogo. Em cima de quem? Do Flamengo... Maldito seja!


Cezar Ramirez: Pra mim era um zero a esquerda até eu descobrir que é o mesmo cara que fazia muitos gols no Elifoot 98.



El Tigre sem condições de dar a vitória ao Real Madrid


Carlos Alberto Silva: Rabugento como o Muricy, mas não sabe armar aquele time 1x0 do Muricy. Esse é o Capita do Tri.


Time Reserva:

Clêmer: Quem viu Clêmer no Flamengo não acredita no Mundial do Internacional até hoje. E tenho dito.


Maurinho: “Ão, ão, ão, Maurinho é seleção... Il, il , il, 1º de Abril”. O mais curioso' foi ver hoje no globoesporte.com o notório lateral figurando na lista de apostas dos clubes em craques veteranos, a chamada “moda Pet”. Tolinhos os cinco torcedores do Duque de Caxias.

Reportagem: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1447044-9825,00.html


Fabão: O Fabão de Boer dos São-Paulinos. No Flamengo, o apelido de Junior Fabão cairia muito bem.


André Bahia: Péssimo, mas não era lutador de Judô nem Junior Baiano. Pasmem, já fez dois gols em uma única partida.


Roger: Prefiro o Roger do Ultraje a Rigor. Para bom entendedor, é mais do que o suficiente.


Paulinho: Raçudo e batedor. A marca de sua passagem no Flamengo era a música “O Paulinho é mau, pega um pega geral!” Sua melhor movimentação foi em um jogo contra o Botafogo que até o zagueiro adversário dançou com ele. Confira no vídeo abaixo. Ao que parece, é mais uma pérola do Cariocão 2010.



Da Silva: Paulinho sem a reboladinha.


Jaílton: Dizem as estatísticas de 2008 que Jaílton esteve presente em dois terços dos gols que o Flamengo sofreu. Jogador ruim, improvisado de zagueiro por um técnico ruim. Surgia um monstro. Quando foi pro Fluminense em 2009, pensei “Agora vai!”. Não é que eu tinha razão?


Beto: Cachaaaaaaaaaça! Honestamente, gostava dele em 99. Acho que foi fundamental na conquista do Estadual. Virou a dose mas não virou a década, uma pena.


Tuta: Lembro nitidamente da coluna do Bussunda no Ataque, que dizia que o Flamengo só trazia metade do que prometia. Prometeram Batistuta e trouxeram o Tuta. Bondoso foi o saudoso comediante de dizer que Tuta era meio Batistuta. Se fosse um décimo, já me deixaria muito conformado.




Tuta


Fernando Baiano: A torcida falará por mim. Na sua chegada era “Fernando, Baiano, balança o coração da gente!”. Um mês depois, virou “Fernando, Baiano, arrasa o coração da gente!”.


Waldemar Lemos de Oliveira: É tão irmão do Oswaldo de Oliveira quanto o nosso recém contratado Fernando é irmão do meia Carlos Alberto.


Espero que essas lembranças do futebol tenham sido tão engraçadas para vocês como foi pra mim. Claro que isso tudo só é alegre para os rubro-negros porque agora voltamos a ter um bom time, cuja base se repete há 4 anos e desde então colhe os frutos do sucesso.

Um abraço a todos!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A Pedra chave do Barcelona*

O Barcelona inegavelmente foi um dos times mais vencedores da década que se encerrou, para analisar estas conquistas, vamos partir das peças fixas neste quebra cabeça. Fora de campo, a primeira figura é Joan Laporta, presidente do clube desde 2003, outra figura notável é o diretor de futebol e ex-jogador Txiki Begiristain, mas este artigo não vai falar de fora do campo (o que valeria e MUITO um artigo), vamos falar das semelhanças dentro do campo do time que foi campeão espanhol em 2004/05 com Riijkaard e o Time campeão mundial com Pep Guardiola em 2009, as duas pontas mais extremas deste ciclo:

Time 2004/05: Valdés; Oleguer, Puyol, Rafa Marquez, Gio; Albertini, Xavi, Deco; Giuly, Ronaldinho, Eto´o T: Riijkaard

Time 2009: Valdés; Daniel Alves, Puyol, Pique, Abidal; Touré Yayá, Xavi, Iniesta; Messi, Henry, Ibrahimovic T: Guardiola

Taticamente os desenhos são bem parecidos, com a diferença que no time da “Primeira fase” bicampeão espanhol e campeão da liga dos campeões tinha um viés mais ofensivo no lado esquerdo, por conta da debilidade de Oleguer e a eficiência de Gio e Ronaldinho. O Time de 2009 é mais equilibrado, tendo Daniel Alves na direita e Messi e Henry nas pontas.

Essa semelhança tática ajuda na nossa análise, primeiro vamos à metamorfose

Na temporada 2005/06 a mudança principal foi Ambrosini por Edmilson, Messi e Iniesta começavam a aparecer no time, o segundo demonstrando grande polivalência.

Na temporada 2006/07 foi marcada pelo início do declínio de Ronaldinho e a ascenção de Leo Messi, nessa época também chegaram Thuram e Zambrotta, vindos da Juventus rebaixada, Zambrotta entrou na lateral direita e Thuram na zaga, nas vagas de Oleguer e Rafa Marquez. Deco também iniciou o seu declínio, sendo gradativamente substituído por Iniesta. Apesar dos trancos e barrancos o campeonato foi definido nos últimos momentos, sendo vencido pelo burocrático Real Madrid.

2007/08, a última temporada de Deco e Ronaldinho foi também o ano da chegada de Henry, o declínio acentuado do camisa 10 acabou abrindo espaço para o Francês, outras contratações importantes neste mercado foram a do Francês Eric Abidal e a do marfinense Yayá Toure, o time ficou nas semifinais da competição, perdendo para o futuro campeão. Nesta temporada, a estrela de Messi começava a brilhar, ao final de 2007 ele foi eleito o segundo melhor do mundo pela FIFA.

2008/09 veio uma mudança profunda, Saíram Ronaldinho, Deco, Oleguer, Thuram e Zambrotta da equipe, vieram com Pep Guardiola: Daniel Alves, Piqué, além de reservas como Keita, somado a isso, o treinador do time B promoveu jovens talentos do clube, como Sergio Busquets. O Resultado foi mágico, ao final da temporada todos os títulos, a troca de centro-avante, Eto´o por Ibrahimovic foi a última mudança nessa metamorfose, até chegarmos ao título mundial e à coroação de Messi como melhor do mundo.

Ufa, vamos ao que interessa agora. Se considerarmos Eto´o como parte do ciclo vitorioso, apenas quarto jogadores sobreviveram em todos estes times, Victor Valdés, que nunca foi um grande goleiro, mas tem o espírito do time e dá pro gasto, Puyol, capitão do time, símbolo de raça, mas que não podemos esquecer, é um jogador bem estabanado, Eto´o excelente jogador, de quem eu gosto muito e por último a razão de todo este texto que já ultrapassou uma página no Word: Xavi Hernandez



Xavi Hernandez i Creus neles


Criado na Base do Barcelona Xavi, hoje com 29 anos, é um referencial em controle de bola, sua atuação discreta, pode passar desapercebida, mas a qualidade no passe é a alma deste time do Barcelona e na seleção espanhola. A técnica pode ser transformada em números, na última liga espanhola Xavi deu 20 assistências e na liga dos campeões, foram sete passes para os companheiros marcarem gols.

A metamorfose do time ajuda a explicar o crescimento do rendimento do atleta, jogando com Deco e Edmilson, o camisa 6 tinha mais funções defensivas, hoje estas funções são compartilhadas com Iniesta, outro jogador moderno e excelente meia. O estilo de jogo dos companheiros também facilita o trabalho na seleção, onde Xavi geralmente é acompanhado por Iniesta, David Silva e mais atrás o igualmente excelente Xabi Alonso.

Na minha opinião Xavi ainda é subestimado, sempre jogando o fino da bola, Xavi encontrou o ápice, sendo eleito o melhor jogador da Euro 2008, conquistada pela Espanha, e no final da temporada 08/09 sendo laureado o melhor jogador da Final da Liga dos Campeões. A quinta posição no prêmio FIFA 2008 e a terceira no 2009 ainda não dimensionam a qualidade deste atleta. É um jogador que dá gosto ver, Xavi chega aos 30 no próximo dia 25 de janeiro, hoje ele já ganhou praticamente tudo como jogador profissional, se não ganhar a Copa do Mundo... azar, da copa do mundo óbvio



Vale a pena assistir.


*Eu pensei em fazer uma piada TÃO sem graça com o título deste texto que aqui me penitencio.

É óbvio que não vai dar certo

Bem, com essas proféticas palavras eu começo mais um ano no meu duro ofício de ser um apaixonado pelo Botafogo. Tenho de confessar, mais um ano, temeroso pelo pior, ao ver promessas e promessas de uma diretoria que persiste nos erros da antiga gestão, e embora se considere superior em alguns aspectos (sobretudo no tratamento com a base), até mesmo no trato com o elenco é visível. As voltas da Moça* e Juninho no elenco de 2008 e as tentativas, felizmente frustradas, de trazer novamente Joílson e Túlio em 2009 denunciam este fato. Quanto ao tratamento com a base, não há muito a se falar, embora haja o intuito, nada ainda foi feito, e os proclamados frutos da base são na verdade, resultado do trabalho dos profissionais de base, especialmente o treinador Luizinho Rangel, recentemente demitido.

Falando ainda sobre a gestão do clube, a administração é uma fusão de bizarrices em série com uma incompetência declarada. O Presidente, um dentista, sem representatividade política recorre a grupos de apoio, entre os grandes apoios estão os Senhores José Luiz Rolim e Mauro Ney Palmeiro, que presidiram o Botafogo nos anos de 1997 a 2002, um triênio para cada, esta corrente é representada na figura do vice-presidente geral Antônio Carlos Mantuano. Desde o começo da gestão, dos oito vice-presidentes, seis já entregaram os cargos, entre os quais, recentemente, o vice-presidente financeiro, Claudio Good, que disse não saber em que situação financeira a atual gestão do clube havia recebido o clube, seria até aceitável, caso o senhor em questão não fosse o Vice-Presidente Financeiro na gestão anterior. Um dos Vice-Presidentes que sobra é um simpático dono de cartório que deve pesar uns 400 kg e mesmo na décima terceira rodada do brasileiro 2009, vendo o Botafogo no buraco, repetia como um papagaio: “O Botafogo será campeão Brasileiro”. Para “auxiliar” foi contratado como gerente de futebol Anderson Barros, que tem no currículo excelentes passagens pelo Flamengo, nos seus piores anos, e Figueirense em 2008, ano do rebaixamento do clube catarinense para a série B. É bom falar que um dos motivos da chegada de Anderson Barros é o parentesco com o Flamenguista Vantuil Gonçalves, Diretor da MFD, uma das agências que explora como vitrine o Botafogo.

Antes de terminar de falar sobre a gestão, eu não poderia deixar de citar estas empresas, a já citada MFD no final do último parágrafo. A Traffic, a Ability, além dos já conhecidos empresários, com destaque para Eduardo Uram, uma praga que a gestão Bebeto havia expurgado da nossa base, mas com a gestão Assumpção está voltando ao clube. O Loteamento das divisões de base é uma das razões da troca de comando na base, a provável chegada de Antony Santoro, do Botafogo da Paraíba, cuja única referência é a amizade com Anderson Barros e Eduardo Uram. Poderia me alongar neste tópico, falando do aliciamento aos nossos talentos realizado pela Traffic Talents, que assinou com cinco promessas da base botafoguense contratos de agenciamento.

Resumindo tudo que disse até agora: O Time do Botafogo é uma balbúrdia, um bordel onde cada um quer colocar o seu e tirar a sua margem de lucro, a centenária história gloriosa hoje é só uma página da história (e essa história é mau-explorada pelo Botafogo, assim como o Engenhão, ou “stadium rio” como querem chamá-lo), mas antes que eu morra de desgosto, permita-me falar sobre o time de 2010, que é a razão deste artigo.

A única segurança que temos está no gol, aliás são várias as seguranças, além do ótimo Jefferson, temos o talentoso Renan, que embora tenha falhado algumas vezes, é um bom goleiro e pode crescer muito, o surpreendente Milton Raphael, que está servindo a seleção e principalmente o excelente Luiz Guilherme, que hoje defendeu três pênaltis na Copinha e tem em seu currículo testes (e aprovação nos testes) no Arsenal, não tendo ficado lá por opção própria.

A Linha de trás é temerosa, pela direita temos apenas Alessandro (embora Wellington Junior tenha servido a seleção sub-20 nessa posição, ele é de fato um volante). Alessandro é sofrível, nunca convenceu, mas continua lá, há a expectativa da chegada de um outro lateral direito, Jancarlos seria um bom nome. Na esquerda, Marcelo Cordeiro para mim é uma incógnita, na reserva, Gabriel é um bom jogador, mas precisa melhorar muito fisicamente, já que nunca conseguia completar jogos na última temporada. O Miolo da zaga concentra fortes emoções, os recém chegados Antônio Carlos e Edson tem boas referências, eu os conheço do Football Manager 2008, no qual ambos são MITOS, o Edson inclusive chegou à seleção Brasileira, mas a verdade é que vamos precisar ver, a temporada 2009 de ambos foi boa, mas foi na série B, e ser bom na série B não quer dizer o mesmo para a série A.

Renovamos com Wellington, que é um zagueiro de potencial, mas ainda é muito afobado, seria ótimo se o tivéssemos em definitivo, mas como é emprestado por mais um ano, não considero uma boa. Temos também Alex Lopes, zagueiro de base que não é grande coisa, mas o meu maior pesadelo se chama Fábio Ferreira, surgiu no Corinthians e foi campeão brasileiro no clube, mas jogar mesmo ele jogou na tragédia do Timão em 2007, o amor nutrido pela torcida do Corinthians por ele é a prova do seu talento.

No meio campo, temos Leandro Guerreiro, não é um jogador ruim, mas também não é um jogador que me inspira confiança, tem no histórico entregadas homéricas e estampa no rosto a derrota, mas sobre ele falaremos em um outro momento. Somália é uma incógnita, Fahel é uma grande piada de mau gosto. Nosso melhor volante tecnicamente, Túlio Souza nunca ganhou ritmo de jogo e continua encostado na equipe. Vinícius Colombiano, que aos 21 anos já operou os dois joelhos, é mais um jogador desconhecido que chega para o setor, contrato de cinco anos, o que dizer? Também temos Wellington Junior, já citado, mas o físico dele o posiciona melhor como terceiro homem de meio campo.

Na armação, seguiremos tendo como primeiro homem absoluto, a Moça, que receberá novamente a braçadeira de capitão e será ainda titular absoluto. Os outros são incógnitos, começando por Eduardo Pedalada, que chegou como zagueiro, foi volante, lateral esquerdo, meia esquerdo e se destacou pelo seu dom de triatleta apenas. Diguinho tem boas referências no América, mas boas referências na segunda divisão do carioca não significam suficiência técnica para jogar no Botafogo. Chegou também Renato Cajá, jogador que tinha a minha admiração nos tempos de Ponte Preta, habilidoso, mas está parado há algum tempo, é preciso recobrar o ritmo. Somados a estes estão Rodrigo Dantas, também egresso da base, e que merece receber mais chances, e Jorge Luiz, que excelente meia armador da base que deve jogar na estréia do carioca.

No Ataque está o principal motivo do nome deste tópico, a Dupla ‘Loco’ Abreu, que chega ao seu décimo oitavo clube em 14 anos, embora goze de bom retrospecto na seleção uruguaia, suas passagens rápidas e conturbadas por clubes não justificam o alarido feito por sua chegada. O Bota é o nono clube do uruguaio em cinco anos. Não bastando isso, a dupla do Uruguaio será o Argentino Germán Herrera. Apelidado gentilmente de Casi Gol, o atacante, que vem por empréstimo do Grêmio, teve a sua grande glória no Corinthians em 2008 como o artilheiro da série B.

Na Reserva estão os jogadores de base, Junior, Alex e Caio. Junior é caneleiro, mas até jogou bem em algumas oportunidades que teve no time de cima, sobrepujando o badalado Laio. Alex foi artilheiro do time na última OPG e jogou também o Brasileiro sub-20, mas deste grupo, o grande destaque é Caio Canedo, atacante leve e driblador que se bem moldado terá futuro no profissional. Após sua subida ao profissional, a diretoria negociou seus direitos com um misterioso fundo, e o Botafogo agora tem apenas 40% dos direitos do atleta.

Este é o Botafogo 2010, não há muitas esperanças, nosso treinador também é outro de grande sucesso na carreira (sua única conquista como treinador é um campeonato potiguar), a diretoria é um exemplo de desmando, amadorismo, omissão e incompetência e a torcida sofre vendo falsos ídolos e se enganando por falsas esperanças, que Nossos Santos protetores, São Carlito Rocha e São Mané Garrincha nos protejam do pior, e que as bênçãos em vida de Nilton Santos não nos permitam sofrer da mesma aflição do ano passado. Olhando isso tudo eu posso falar: É óbvio que não vai dar certo.

*lendo este texto, eu espero que vocês tenham entendido quem é Moça, pois a este pateta não vou me referir pelo nome.