quarta-feira, 28 de abril de 2010

Madrid te espera

Mourinho conseguiu. Seis anos depois, a atmosfera da final da champions tem de volta este especial personagem.


A Inter conseguiu, quase 38 anos depois, voltar à final da Champions League.

Da última vez que os nerazzurri ergueram esse troféu, Zé tinha 2 anos e o Bayern era um time da segunda divisão.

Em 65 a Grande Inter de Helenio Herrera ganharia do Benfica com um gol de Jair, 1x0, como quase todos os jogos daquele time que consagrou o catenaccio.

Rinus Michels matou o catenaccio com o time de Johan Cruyff, Cruyff injetou este gen no Barcelona.

O Ferrolho é firme, é forte, é de aço. Tem a cara de mau de Maicon, Lucio e Samuel, a aplicação de Milito e Eto'o, tem o talento de Sandro Mazzola e Jair da Costa encarnado na camisa 10 de Sneijder, Hoje foi o dia do pragmático, da raça, da luta, da disciplina, da aplicação. Hoje foi o dia do catenaccio mostrar que vive.

Aquela Inter tinha um gênio no Banco, Helenio Herrera, um dos maiores treinadores da história do futebol. Essa tem José Mourinho. Anos e milhões de dólares os separam, o talento os une.

Mourinho brotou no Barça, e voou do Barça nos tempos de Van Gaal. Van Gaal rodou o mundo e hoje está no Bayern. Começou a temporada dispensando Lucio, agora seu adversário. Todos em Madrid, num Santiago Bernabéu que ressentirá eternamente a partida de Robben e Sneijder, dois camisas 10 que poderiam ter ajudado no caminho à décima. 

Tourada, Madrid te espera.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ingratidão Tricolor

No fim de 2006, quando começou uma verdadeira revolução em nossa torcida, foi criado um slogan que acabou pegando, se tornando um verdadeiro bordão: " O Fluminense somos nós!". Ontem tive mais uma prova de quanto essa frase é falsa. Nós não somos porra nenhuma pro Fluminense. Nossas opiniões não valem de nada mesmo, não fazem diferença. Nós torcedores que apanhamos da polícia e tomamos spray de pimenta na cara ao tentar comprar ingressos não somos absolutamente nada. Importantes são as convicções de um patrocinador megalomaníaco e de gosto discutível, que manda e desmanda no clube, tomando atitudes as mais irresponsáveis a bel prazer.


Até setembro de 2009 o Fluminense estava entregue, fadado ao quarto rebaixamento de sua história no Campeonato Brasileiro. No início daquele mês, matemáticos davam como 95% provável o vexame tricolor(mais um), e nessa mesma época houve uma troca no comando técnico do time. Saiu Renato Gaúcho, substituído por Cuca. Os jogadores estavam entregues e a cada dia o noticiário trazia informações ruins. Fred, o astro da equipe estava machucado fazia 2 meses. Na época diziam que ele fazia corpo mole e queria forçar saída do clube. O time titular era infestado de jogadores velhos e pouco produtivos como Luiz Alberto, Ruy, Roni, entre outros. Mais alguns resultados ruins vieram e a probabilidade de tragédia subiu para 98%. Mudanças foram feitas no departamento de futebol, com a chegada de Ricardo Tenório, o que deu mais respaldo a Cuca. Então pôde fazer mudanças significativas no time, afastando os improdutivos, promovendo jovens na ânsia de ajudarem e serem reconhecidos. Deu confiança a eles, restaurando jogadores psicologicamente arruinados como Mariano e Gum. Se aliou ao Fred e deixou ele compartilhar a liderança do grupo, que foi à guerra. Foi uma série incrível de batalhas vencidas nos últimos 2 meses de 2009, inclusive contra candidatos ao título brasileiro como Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG. Jogando um futebol ousado e corajoso, sempre no limite surpreendeu e encantou até aos mais céticos, que se renderam ao time de guerreiros. Não tinha como não se comover com aquele trabalho e se manter indiferente. O final pode ser resumido a este vídeo:




Mesmo assim continuaram a atribuir a ele adjetivos como perdedor, azarado, chorão. Isso é sacanagem, chega a ser maldade, falta de humanidade. Títulos? A cada apito final de campeonato, um é conquistado, pelos mais diferentes times e treinadores. Títulos de diferentes importâncias, cada um à sua maneira. Objetivamente o Fluminense de Cuca não levantou nenhuma taça, e por isso, seu comandante foi tido como inferior aos que conquistaram.Quis o destino que os cartolas tricolores vendessem Maicon para a Rússia, prejudicando o esquema de jogo do time. Quis o destino que na semi-final da Taça Guanabara contra o Vasco, Alan chutasse aquele pênalti no travessão. Quis o destino que na semi-final da Taça Rio contra o Botafogo, Fred chutasse aquele pênalti no travessão, e que Alan perdesse aquele gol feito quando vencíamos por 2 x 1, e que Rafael tomasse dois frangos, um deles com impedimento de Herrera ignorado. Quis o destino que o Fluminense sequer participasse de uma final de turno, como acontece rotineiramente. Quis o Celso Barros aproveitar a oportunidade para culpar Cuca e sacramentar o fim de um time de guerreiros que agora é história.


Cuca não é mais o comandante do Fluminense desde a última 2ª feira. Uma possibilidade de trabalho a longo prazo e de esperanças para a torcida foi novamente jogada na lata do lixo. Mesmo que venha o multicampeão Muricy Ramalho, será um alto risco, caso contrário, será mais uma trapalhada para a coleção da cúpula tricolor.


O Fluminense somos nós? Talvez. Somos apenas um dos resquícios do bom e velho Fluminense de Preguinho, Didi, Castilho, Píndaro, Pinheiro, Orlando Pingo de Ouro, Telê Santana, Flávio, Waldo, Félix, Gérson, Manfrini, Carlos Alberto Torres, Edinho, Doval, Paulo César Caju, Rivellino, Assis, Washington, Romerito, Ricardo Gomes, Paulo Victor, Branco, Delei, Renato Gaúcho, Roger entre outros tantos. Somos o Fluminense de Nelson Rodrigues e das taças empoeiradas na velha sala de troféus das Laranjeiras. Somos o resto desse velho Fluminense que às vezes tem seus lampejos chegando à final de uma Libertadores com campanha épica, ou com os guerreiros. Somos a paz do branco, a esperança do verde e o vigor do grená.


E o Fluminense de hoje? Ah, esse não tem nada a ver conosco...não é o nosso Fluminense. É um clube tomado pelos caprichos de um megalomaníaco, e que tem mais da metade de seu quadro social(aptos a votar) formado por torcedores de outros clubes, preocupados apenas se a sauna está funcionando bem, ou se a piscina está limpa...este não é o nosso Fluminense das Laranjeiras. É o Fluminense, um clube de Laranjeiras.


Texto por Renan Gomes

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A tanguinha do Botafogo

O relato bíblico da queda do homem é a metáfora ideal para descrever meus sentimentos hoje quanto ao Botafogo. Estavamos nus e Jeová (com J de Joel ou Jefferson) nos vestiu com peles de animal. As pinturas que retratam a cena bíblica mostram roupas mínimas que só cobrem as partes púdicas, para a época tudo bem, se antes a moda era estar nu, agora, o negócio é se cobrir com a folhinha ou pelos.

A Questão é que ao longo dos anos a moda evoluiu, passamos por tunicas, calças, vestidos, saias, blusas, camisetas, ternos e paletós sports até os dias de hoje. Hoje ninguém sai vestido de folhinha ou pelo de animal. A apresentação é tudo, ternos bem cortados, blazeres elegantes, como preferir. 

O que isso tudo tem a ver com o Botafogo? Bem, entra agora.

Depois da final o nosso Ilustre presidente-amador-dentista-vendido-por-qualquer-troco falou em entrevista, publicada no globo.com que Sonha ver esse time disputando o título da libertadores 2011. Pois bem, para chegar lá é preciso primeiro uma vaga, conseguida ou pelas quatro primeiras posições do campeonato Brasileiro, ou pelo título da copa do Brasil.

Eu não sou pessimista como o meu amigo Fabio, mas sinceramente, o Botafogo foi eliminado da copa do Brasil por um time medíocre como o Santa Cruz, ganhou um campeonato carioca medíocre e que precisa ser urgentemente revisto para eliminar definitivamente a sua mediocridade. Na Final enfrentou um Flamengo desfalcado, no qual não se reconhece o campeão Brasileiro de 2009 com um atacante cujo peso já se mede em arrobas à frente do ataque. Patético.

É um título bonitinho e tal, mas não faz muita diferença. O Botafogo tem mais 38 jogos este ano, os 38 do campeonato Brasileiro, altamente desafiador pela forma em que é encravado no calendário nacional, com quase dois meses de jogos duas vezes por semana. A defesa apesar de bem postada cai em algumas inconsistências ainda, uma das bases do trio de zagueiros é que pelo menos um saiba jogar bola, coisa que nem Fahel, Antonio Carlos ou Fabio Ferreira sabem fazer. No meio, Leandro Guerreiro que pese o título, pra mim ainda tem cara de fracasso. Outros jogadores pouco expressivos e longe de uma boa forma dificultam a chegada de uma bola com mais qualidade à Herrera e Abreu. Renato Cajá e Tulio Souza fizeram partidas não mais que medianas hoje. Lucio Flávio não apresenta um grande futebol há tempos. Quem vai nos defender? Sonhar com as quatro primeiras colocações do Brasileiro é um delírio, mas falar isso é um desrespeito épico ao torcedor, deste cidadão que trouxe o Mal e o Mau(ro Ney Palmeiro) para a alcova alvinegra.

Este é meu resumo: Campeonato Carioca, grandes merda, quinta final seguida, tirando 2007, esse time não almejou nada de decente, ou seja: Utilizá-lo como parâmetro é uma evidência de estupidez. A tanguinha não vai servir pra entrarmos na festa dos primeiros do brasileirão, onde todo mundo vai de passeio completo

O Brasileirão começa em 20 dias, o primeiro adversário é o Fantástico Santos. O bom período de preparação só deve ser quebrado por um jogo inútil contra o corinthians que a diretoria está querendo arranjar, quero lembrar que 20 dias no Brasil é o dobro da pré-temporada...

domingo, 18 de abril de 2010

Botafogo 5000

Amanhã o Botafogo completa 5000 partidas em 106 anos de futebol. Palco apropriado e rival apropriado.

Uma história única, de um dos maiores clubes do Século XX.

Escrita junto com a da Seleção mais vencedora do mundo.

130 jogadores cedidos
46 convocações para Copas do Mundo, espinha dorsal em 58 e 62, time do Furacão de 70.

Nossa história foi escrita nas trombadas de Carvalho Leite e na velocidade de Nilo;
nas lendas e no talento ímpar de Heleno de Freitas;
nos avanços de Nilton Santos, o lateral que revolucionou o mundo;
na simplicidade do jogo de Didi, nos seus toques simples e lançamentos geniais
assim como era genial o Mané Garrincha que os recebia, e com suas pernas tortas dava à estrela solitária um brilho de grandeza ímpar.

Nossa história tem Quarentinha, o artilheiro dos olhos tristes e que não comemorava os gols;
Gérson, o canhotinha de ouro, Jairzinho, o Furacão da copa de 1970
Manga, que não usava as luvas e leva nas mãos a história das suas defesas.

Na nossa história tem Marinho Leite, Perivaldo, Mauro Galvão
Tem a irreverência de Tulio Maravilha, fazendo dupla na seleção com Donizete Pantera.

Amanhã essa gloriosa história será representada por um time com três zagueiros ruins, um volante fracassado e outros refugos.

Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Antonio Carlos e Fabio Ferreira....

Hoje, essa gloriosa história é vendida por um empréstimo de 8 milhões de reais, os craques que sempre fizemos já não brotam mais.Os poucos que aparecem são arrancados cedo de mais.

Somos donos de uma história gloriosa, que vai se empoeirando e amarelando enquanto continuamos reféns de administrações, amadoras, incompetentes e/ou mal-intencionadas.

Ah, Botafogo... quem te viu antes e te vê hoje tem bons motivos pra chorar...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

1987

Ponto, acabou.

Era uma taça? Está com o São Paulo
Era um título único? O Flamengo não tem nem nunca teve
Era a defesa dos fracos e oprimidos? De certa forma, mas era o que a justiça definiu.

A contestação continuará pelos anos.

A massa Flamenguista continuará a falar O Flamengo é campeão de 87 o que NÃO é um fato.

O Flamengo ganhou a copa União de 87 e subestima o torneio que reuniu os maiores times do Brasil. Dane-se o nome, era o maior em popularidade em torcida, não era o campeonato brasileiro, mas era o campeonato dos brasileiros.

O Sport ganhou, bagunça da CBF, piruadas de lado a outro, o Sport não seria páreo para o Flamengo. Ser melhor no papel, ou jogar uma divisão melhor não lhe garante o título.

Ambos são campeões, mas não se comportam como. Um quer o título do outro, o outro não quer que chamem o primeiro de "hexa".

A Taça das Bolinhas está em São Paulo, fim de trauma, fim de festa.

O Flamengo tem a taça da Copa União, e que se contente.

adendo: Se o Flamengo é hexa, a taça das bolinhas devia ir pro Santos...


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Futebol e Pergunta n4

1)      Um dos fatos históricos mais marcantes do século XX aconteceu exatamente na mesma data da fundação de um dos clubes mais vencedores do futebol brasileiro. Que clube é esse? Que fato foi esse? 

2)      Na Copa de 1958, Pelé era um reserva de 17 anos, com pouco mais de um ano como profissional. Por que razão ele ostentou a camisa 10? 

3)      Somando todos os clubes da Itália, quantas estrelas existem nos escudos? 

4)      Dos 3 grandes clubes do Paraná, qual(is) NÃO foram fundados a partir de fusões? 

5)      Desde 1996, quando foi criado o atual sistema de pontuação, quais jogadores sul-americanos ganharam a Chuteira de Ouro Européia?

6)      De que clube é este distintivo?

Dica: Esse time tem um dia da semana no nome. 

7)      Que estádio é esse?

Dica: Independence Day 

8)      Quem é o Sujeito na foto?

Dica: Chegou à seleção e foi vice-campeão europeu. 

9)      O Time dessa foto é dono de uma das histórias mais impressionantes do futebol mundial. Aponte o clube, a época e os feitos desta equipe.


10)   Que jogo foi esse?


Dica: O último título internacional do time que joga de azul.


Foi o quiz mais fácil que eu fiz até agora, só amor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A Letra D

Por que era um lorde, era príncipe... e era Rei.

Uma coisa que mamãe não precisou me ensinar é que o melhor futebol é bem simples de entender, a letra D poderia vir com a pompa de Mr. Football, com as honras aristocráticas do Príncipe Etíope, mas vem com a tranquilidade de uma folha seca, e apenas umas poucas letras... Didi.

Nascido em Campos, em  8 de outubro de 1929, Didi quase não pode jogar futebol, por ter a perna direita amputada aos 14 anos, após uma infecção. Por sorte, Didi conseguiu se recuperar, e dois anos depois começou a aparecer em clubes como Rio Branco e Americano, por onde começou sua carreira profissinal em 1946, em alguns anos passou por Lençoense, Madureira, até chegar ao Fluminense em 1949, clube onde ficaria mais de 7 anos e jogaria 298 jogos, marcando 91 gols. Mesmo com o desfile de elegância e os títulos, entre os quais a Copa Rio de 52, Didi foi vítima de preconceito, chegando a ter de entrar pela porta dos fundos das Laranjeiras.

Neste meio tempo, Didi ainda gravou o nome na história em 1950, fazendo o primeiro gol do Maracanã, jogando pela seleção carioca. Em 1952, ele chegou a seleção brasileira, sendo campeão dos jogos Panamericanos, e em 54 esteve no time que jogou a Copa do Mundo da Suíça.

O fim da época no Fluminense marcou a ida para a grande fase da carreira de Didi, no Botafogo, Didi encontrou o auge da forma, e nestes anos apresentou ao mundo a sua Folha Seca, nas eliminatórias da copa de 1958 contra o Peru.

Jogando com Garrincha, Nilton Santos e Quarentinha, entre 56 e 59, o Botafogo do Príncipe Etíope, foi campeão do Carioca de 57, ao fim do campeonato, uma procissão de 5 mil botafoguenses seguiu do maracanã até General Severiano lideradas por Didi.

Em 1958 ele rendeu a Suécia, a Suécia e o mundo, mestre dos grandes, Didi foi eleito o melhor jogador da Copa, um mestre para Pelé, uma inspiração ao futebol brasileiro. É a Didi que é atribuída a expressão Jogo Bonito. O Sucesso o tirou do Botafogo e o levou para o maior time da época, o Real Madrid de Di Stéfano e Puskas. Lá, segundo dizem, foi boicotado pelo argentino, "dono" do time a época. Como dividir o prestígio era inviável, Didi ficou de lado, foram apenas 19 jogos e 6 gols, e depois de uma temporada, ele voltaria aos braços alvinegros.

Entre 60 e 62, o meia continuou a exibir a usual habilidade, títulos importantes como a Taça Roberto Gomes Pedrosa, o Torneio Rio-São Paulo e os Campeonatos Cariocas de 61 e 62 o entronizaram de vez no hall dos grandes jogadores botafoguenses, Didi ainda voltaria ao Botafogo em 64, ao total, ele jogou 313 jogos e marcou 114 gols com a estrela solitária, fora tantos lançamentos para Garrincha que ficaram gravados na história.

No mesmo ano de 62, Didi também foi campeão mundial, com Garrincha, Nilton Santos e Zagallo no Chile, mais uma missão cumprida, e o Mr. Football iria em 63 para o Peru, jogar e treinar o Sporting Cristal, a primeira experiência de banco do grande jogador, que voltou ao Brasil em 64 para jogar no Botafogo, depois o São Paulo, retornou ao Botafogo onde ficou até 65, foi ao México defender o Veracruz e retornou ao Brasil para encerrar a brilhante carreira em 66 no tricolor paulista.

Agora o Professor da bola nos campos era o professor fora de campo, entre 67 e 68 ele treinou o Sporting Cristal, o campeonato Peruano de 68 o alçou ao cargo de selecionador nacional, Didi levou o Peru de volta à copa do mundo no ano de 1970. Depois da copa, passou pelo River Plate antes de chegar ao Fenerbahçe, onde ficou por 3 temporadas sendo bicampeão turco em 73/74 e 74/75

Voltou ao Brasil em 75, Ganhou o Carioca pelo Fluminense, a taça Guanabara pelo Botafogo e o Mineiro com o Cruzeiro, após a passagem, foi para o Peru, onde encerrou a carreira no futebol como treinador do Alianza Lima

Didi foi alçado ao hall da fama da FIFA em 2000. No ano seguinte faleceu devido a um câncer no intestino. A  Maior lição deixada por ele: É simples demais fazer o bonito. Não é preciso força, é jeito, é arte. É com carinho, com a delicadeza de uma folha seca que cai no outono, com a simplicidade de uma fala mansa e de um nome que qualquer criança diz.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Mundo é sim uma bola

Começo de temporada: O Real Madrid lança seu projeto galáctico turbinado a 250 milhões de euros:, objetivo, conquistar a décima (Liga dos Campeões). Chegaram Kaká, Cristiano Ronaldo, Albiol, Benzema, Granero, Arbeloa e Xabi Alonso (Garay também chegou, mas já havia sido contratato anteriormente), para suportar esses milhões gastos e abrir vaga a estes era preciso se desfazer de alguns jogadores e as saídas foram em série: Cannavaro, Saviola, Codina, Parejo, Salgado e Huntelaar foram os primeiros fuzilados, destes, apenas Codina e Parejo (que somados valiam menso de 10 mi), a ida de Huntelaar para o Milan não pagou a sua contratação de 27 milhões de euros, feita meses antes. Para abrir mais espaços no elenco (o que de fato não era exatamente necessário, já que hoje o clube tem vagas não preenchidas) e fazer caixa o clube vendeu dois jogadores importantíssimos nos anos anteriores: Sneijder, pela miséria de 15 milhões de euros (custou mais de 30 com as clásulas de objetivo) e Robben por 25 milhões ao Bayern (custou 36 quando veio do Chelsea).

Pois bem, isso não é um deja vu em que eu falo "se eles estivessem lá teria dado certo", mas é notório que Kaká não se adaptou à sua posição em Madrid pela falta de um jogador que jogava com ele como Seedorf no Milan, e Pela habilidade e polivalência Sneijder poderia facilmente executar essa função. Cristiano Ronaldo é um fora de série, mas não há dúvidas que Robben é um jogador excelente que poderia desempenhar a função de seu reserva ou mesmo alterar o Panorama de uma partida colocando o time em um estilo mais ofensivo.

Esses 40 milhões de euros arrecadados, que mal pagaram a contratação de Karim Benzema, jogador não fez rigorosamente nada nessa temporada, soam agora como uma certa tristeza e ironia. Os Holandeses vestem a 10 de Internazionale e Bayern, fizeram os gols de classificação de seus times para as semifinais da liga dos campeões, e, se Messi permitir ao Inter e o Bayern confirmar o favoritismo contra o Lyon, os dois disputarão a final da Liga dos Campeões no campo do Real Madrid.
 
 Sneijder é um meia fora de série, desde que chegou ao Real em 2007 pode ser considerado um dos dez melhores do mundo, com uma grande inteligência, polivalência e habilidade, vem se destacando na Inter, sendo o melhor jogador do campeonato Italiano sem sombra de dúvidas. Já o mais carequinha Robben deu um show de habilidade hoje, como já dava no PSV, no Chelsea e no próprio Real Madrid, o futebol objetivo do camisa 10 do time bávaro ainda foi beneficiado pela redução do número de lesões, que afetaram muito o winger.

Não contesto a necessidade de venda do clube, apesar de ser fato que o avanço na Champions renderia mais do que as vendas, e que a não-venda não garantiria o avanço dos merengues à decisão. Não se pode afirmar sobre hipóteses, ao Madrid e aos Madridistas, só resta lamentar a ironia do destino.O Mundo, é sim uma bola.

PS.: Reparem como o Robben está ficando parecido com o Zidane

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Pulga Atômica

Eu lembro até hoje daquela partidaça entre Real e Barça, em que o Ronaldinho foi aplaudido de pé no Santiago Bernabéu após dois golaços, mas aquelas não são as únicas memórias que eu tenho daquele jogo, lembro do garoto na ponta direita, então com 18 anos e vestindo a camisa 30, chamavam no de La Puelga bem apropriado para um menino de 1,69 que chegara a Barcelona aos 14 anos com menos de 1,50m, sofrendo de deficiência de hormônio do crescimento. Se Jesus custou 30 moedas de prata, 900 dólares por mês foi o preço de um Deus. Ele só tem 22 anos, mas fazer o que faz lhe parece tão fácil. 

 Segundo Arsene Wenger, jogador de Playstation...

Retomando àquele jogo, no primeiro tempo ainda, Messi encobriu Casillas, gol anulado, em 2009, ele voltou a encobrir Casillas no Bernabéu. Barcelona 6x2, a coroa de Messi. Campeão de quase tudo, o único título que ele já disputou e não venceu foi a Copa América, e cedo ou tarde ele a conquistará. Assim como é questão de tempo superar o recorde de 47 gols de Ronaldo em uma temporada (na atual ele já fez 39). Já são 119 gols, é questão de dias que chegue aos 122 de Carles Rexach, que o descobriu em Rosário, meses para que passe Rivaldo e Eto'o como o terceiro maior artilheiro do Barcelona, e algumas temporadas para passar Kubala e César Rodriguez como maior em números da história do clube.

Messi 4 x 1 Arsenal

Já são 13 títulos, uns dizem que ele já é maior que Cruyff, outros dizem que já chegou a Maradona, uns arriscam dizer que já chegou ao nível de Pelé ou Puskas, não é hora de comparações, é hora de admirações. Lionel Messi é uma raridade, como os outros, é um que subverte padrões com seus 8 gols em 7 dias, com 3 gols em 30 minutos (hoje, contra o Arsenal). Já não é mais surpresa o show, mas o show é sempre surpreendente. Não existe um parâmetro para daqui há dois jogos, o parâmetro é sempre a última partida. Depois de quatro gols contra os Gunners o que Messi trará para o Superclássico?

Senhores, estamos vendo a história ser feita diante dos nossos olhos.